Fevereiro Laranja alerta para a conscientização e diagnóstico da leucemia

Estar atento à saúde das crianças pode prevenir inúmeras doenças comuns na infância. Algumas delas, como a leucemia, podem acabar sendo confundidas com outras enfermidades, já que os sintomas são similares. Por isso, desde 2019, o mês de fevereiro passou a ser destinado à conscientização sobre os sinais e sintomas da leucemia.

Com a base nos Registros de Câncer e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS), o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, estima a incidência de 5,61 novos casos de leucemia para cada 100 mil homens e 3,14 para cada 100 mil mulheres no Brasil em 2020.

Palidez, cansaço e sonolência, hematomas, febre, constantes infecções, linfonodos (caroços) e baço aumentados, dores de cabeça e vômito, dor óssea e nas juntas, perda de peso sem explicação são os sintomas que apontam para uma possível leucemia.

O hematologista do Sistema Hapvida Francisco Junior explica que “como todas as células do sangue, as células da leucemia percorrem todo o corpo. Dependendo do número de células tumorais, e do local onde estas células se depositam, uma pessoa com leucemia pode apresentar sintomas variados”.

De acordo com o especialista, nas fases iniciais da leucemia crônica as células tumorais funcionam quase normalmente. Os sintomas podem não aparecer durante muito tempo. Já na fase aguda, os sintomas surgem e pioram rapidamente. Algumas pessoas desenvolvem feridas nos olhos ou na pele e pode afetar o aparelho digestivo, os rins, os pulmões ou outras partes do corpo.

O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemograma. Em caso positivo, o hemograma estará alterado, mostrando na maioria das vezes um aumento do número de leucócitos (na minoria das vezes o número estará diminuído), associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas.  Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas.

A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso, para análise citológica (avaliação da forma das células), citogenética (avaliação dos cromossomos das células), molecular (avaliação de mutações genéticas) e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das células).

O tratamento difere de acordo com o subtipo (agudo ou crônico) e tipo celular afetado(mieloide ou linfoide). Nos últimos anos, houve um grande avanço no tratamento da doença com o desenvolvimento de drogas inteligentes, alvo-específico, o que possibilitou um aumento na sobrevida dos pacientes. Dentre os tratamentos possíveis, está o transplante de medula óssea.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *