Anvisa libera aplicação da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos de idade

Coronavac em crianças de 3 a 5 anos deve ser administrada em duas doses, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda. Foto: Arquivo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem, por unanimidade, a aplicação da vacina contra a covid-19 Coronavac em crianças de 3 a 5 anos de idade. É a primeira vacina aprovada no Brasil para essa faixa etária mais nova – apenas a vacina da Pfizer estava disponível para crianças de 5 anos ou mais.

O pedido para ampliar a faixa etária foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina. O imunizante já havia sido aprovado para aplicação em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, desde janeiro deste ano, e para adultos brasileiros desde janeiro do ano passado.

A Coronavac em crianças de 3 a 5 anos deve ser administrada em duas doses, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda. A formulação para essa faixa etária será a mesma da aplicada em adultos.

Estudos
A decisão da Anvisa se pautou em novos estudos científicos que demonstraram eficácia e efetividade da vacina para proteger contra hospitalizações. Apesar de lacunas nas evidências, a avaliação é de que há indicativos de benefício para uso da vacina em crianças de 3 a 5 anos de idade.

Segundo a apresentação da área técnica da Anvisa, um estudo preliminar realizado no Chile mostrou 55,06% de efetividade da Coronavac na prevenção da hospitalização de crianças de 3 a 5 anos.

Outra pesquisa com dados preliminares, realizada no Chile, Malásia, Filipinas, Turquia e África do Sul, em crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos, indicou eficácia da Coronavac para crianças.

Além disso, segundo a área técnica da Anvisa, a vacina também apresenta baixo volume de reações adversas para a faixa etária pediátrica, a maioria delas leves, como dor no local da aplicação. Não foram registrados óbitos decorrentes da vacinação com a Coronavac em nenhuma faixa etária.

Ainda foram considerados estudos brasileiros em andamento, realizados pela Universidade Federal do Espírito Santo e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que sugerem benefícios da Coronavac para crianças.

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