O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, seria uma escolha óbvia para preencher o cargo vago de técnico do Brasil se ele ficar disponível no final da temporada europeia, disse o presidente da Federação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, à Reuters.
Rodrigues reconheceu que o italiano de 63 anos era seu principal alvo e o favorito de todos para comandar a Canarinha, cujo último técnico, Tite, deixou o cargo depois que o time foi eliminado da Copa do Mundo de 2022 pela Croácia, nas quartas de final.
“Ancelotti é unanimemente respeitado entre os jogadores. Não apenas Ronaldo Nazario ou Vinicius Jr., mas todos que jogaram por ele”, pontuou o presidente à Reuters em entrevista exclusiva.
“Admiro-o muito pela honestidade na forma como trabalha e pela constância do seu trabalho. Não precisa de apresentações. É mesmo um treinador de topo que tem várias conquistas e esperamos que possa ter ainda mais”, avaliou.
Ancelotti foi um dos principais temas de conversa esta semana no vestiário da seleção brasileira antes do amistoso de sábado contra o Marrocos, com vários jogadores como Vinicius Jr., Ederson, Rodrygo e Casemiro elogiando o italiano.
Mas, segundo Rodrigues, a febre de Ancelotti já pegou nos torcedores também.
“Ancelotti não é apenas o favorito dos jogadores, mas também dos torcedores. Em todos os lugares que vou no Brasil, em todos os estádios, ele é o primeiro nome que os torcedores me perguntam”, ressaltou.
“Eles falam dele de forma muito carinhosa, em reconhecimento a um trabalho exemplar que tem feito em sua carreira. Vamos ter fé em Deus, esperar o momento oportuno e vamos ver se conseguimos na busca do novo técnico da Seleção Brasileira”, complementou.
Sem contato
Segundo Fernando Kallas (Reuters), apesar de elogiar o italiano, Rodrigues destacou que o Brasil deve ter o cuidado de respeitar o devido processo, já que Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até 2024.
Ele afirmou que, até agora, nenhum contato formal ou abordagem foi feito pela Federação Brasileira com Ancelotti, ou qualquer outro dirigente, e que eles começarão a conversar com os candidatos em meados de abril, com o objetivo de anunciar o novo técnico até o final de maio.
A ideia de Rodrigues é ter a nova equipe instalada antes da próxima pausa internacional, em junho, para que o técnico possa selecionar o elenco e fazer sua estreia.
“Seremos muito éticos na nossa abordagem e respeitaremos os contratos que estão em vigor. Também respeitamos muito o trabalho que é feito por qualquer treinador e seu clube para chegar lá e fazer qualquer tipo de abordagem, seria uma falta de respeito para o presidente dos clubes em questão”, avaliou Rodrigues.
“Portanto, temos paciência para esperar o momento certo para que possamos manter essas conversas. Nada está muito definido ainda para dizer o nome (do próximo técnico) com certeza, mas é nessa linha, entendeu? Precisamos de um técnico que tenha o respeito e a admiração dos jogadores”, completou.
Enquanto Ancelotti é o alvo, e Pep Guardiola, do Manchester City, é considerado inatingível, outros técnicos, como José Mourinho, da Roma, ou Jorge Jesus, do Fenerbahce, também são vistos como possíveis candidatos pela federação brasileira.
Entre os possíveis candidatos brasileiros, Fernando Diniz, do Fluminense, é um dos favoritos dentro da CBF.