Com prazo em andamento para cumprir a determinação, a defesa de ex-presidente Jair Bolsonaro entregou, nesta sexta-feira (24), o conjunto de joias masculinas e armas, presenteadas ao governo anterior.
A informação foi confirmada pelo ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten. De acordo com a publicação, nas redes sociais, a defesa de Jair Bolsonaro encaminhou “o presente masculino ofertado pela Arábia Saudita” à “agência de penhores da caixa”.
Já as armas foram entregues à Polícia Federal, segundo determinação do TCU, Tribunal de Contas da União. A PF confirmou que se tratam de um fuzil e uma pistola, entregues pelos Emirados Árabes à gestão Bolsonaro, que serão periciados e encaminhados ao TCU.
Na última quarta-feira, a corte de contas havia dado um prazo de cinco dias úteis para que Bolsonaro entregasse as joias sauditas e determinou que essa entrega fosse na agência da Caixa Econômica Federal, da Asa Sul, bairro central de Brasília.
Além disso, o TCU solicita que a Receita Federal entregue, na mesma agência, o primeiro pacote de joias retido pelos agentes, no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, em posse de um ex-assessor de Bolsonaro. Na decisão, o Tribunal de Contas da União alega o alto valor das joias, estimadas em R$ 16,5 milhões, e que, por isso, não podem ser incorporadas ao acervo pessoal do ex-presidente.
As joias mencionadas se referem a presentes recebidos por autoridades brasileiras, do governo anterior, em viagens à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos em outubro de 2021. Em decisão de plenário, os ministros do TCU decidiram que vão analisar uma auditoria em todo o acervo recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, desde 2019 e que, ao final de cada mandato, vai avaliar todos os presentes recebidos pelos presidentes do Brasil.