UFRN promove curso sobre a cultura tradicional potiguar

As inscrições ocorrem de 1° de abril até o dia 31 de maio, podendo ser feitas neste link. Os encontros acontecerão uma vez por semana durante 8 semanas entre abril e maio de 2022.

Com a finalidade de incentivar um pensamento filosófico e singular, o curso visa alimentar a diversificação de propostas didáticas e metodológicas da filosofia, promovendo mudanças e enfatizando a importância de reflexões e tradições oriundas dos povos afrodescendentes e indígenas, os quais são pouco lembrados na prática acadêmica e nos currículos das disciplinas. Segundo os organizadores da ação, o Referencial Curricular do Ensino Médio Potiguar apresenta mais avanços no sentido de diversificar sobre esse pensamento. É esperado que o curso impacte positivamente a elaboração de pesquisas e interesses dos discentes ー de modo que possa influenciá-los a mergulhar na riqueza da cultura regionalー ao contemplar a pluralidade das tradições originadas das matrizes afrodescendentes e indígenas.

Em conjunto com a Escola Popular Vir-a-Vila, o curso convida os mestres Pedro Correia e Pedro de Lima, participantes, respectivamente, dos dois grupos tradicionais: Congo de Calçolas e Bambelô Cajueiro Abalô. Os convidados esperam divulgar uma visão ampla acerca de suas manifestações culturais, contando com o apoio de grupos e organizações da comunidade, como o Fórum Vila em Movimento, além da própria Escola Vir-a-Vila. O curso oferece ainda a possibilidade de estabelecer uma conexão mais direta para despertar o interesse das pessoas, por considerar que as novas gerações estão mais voltadas às mídias sociais e elementos da cultura globalizada. Os organizadores buscam divulgar a ação, especialmente, na Vila de Ponta Negra, onde diversas atividades acontecerão em espaços comunitários, como no Centro Pastoral da Vila, a fim de fortalecer os movimentos culturais e grupos específicos.

De um ponto de vista teórico, a ação de extensão coordenada por Federico Sanguinetti, pretende dialogar sobre uma série de temas, dentre eles: a questão das identidades em suas declinações, principalmente comunitária, urbana, regional, nacional e cultura; a importância da memória e da ancestralidade; pensamentos ligados à estética, à filosofia da arte e suas conexões com o meio político e educacional, tudo isso com foco nas artes populares e outros assuntos. Os organizadores e pensadores do curso almejam que a ação exerça influência não somente na área da filosofia, mas também na história, na comunicação, nas artes e na literatura. Para isso, eles pretendem usar uma abordagem tanto teórica quanto prática, interligando esses campos do conhecimento, de modo a envolver o público por meio de oficinas e materiais didáticos.

Quanto à programação, o curso contará com três tipos de atividades: os grupos de estudos, em que acontecerão discussões de textos, dissertações e apresentações de materiais audiovisuais sobre os Congos, o Coco e o Bambelô, que promoverão debates filosóficos sobre os conteúdos interligados a temas específicos. O segundo tipo são os encontros de formação e rodas de conversa com os mestres dos dois grupos tradicionais, em que eles compartilharão suas trajetórias e conhecimentos interagindo diretamente com o público. Já o terceiro são as oficinas práticas que trarão a oportunidade de divulgar os ensinamentos de atividades associadas aos grupos, como cantigas, danças e construção de instrumentos.

Mais informações sobre horários da programação estão disponíveis no link da ação de extensão.

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