Entre os dias 20 e 28 de janeiro foi realizada a 10ª edição do projeto de extensão UFPE no Meu Quintal, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A colaboração com outras ações de extensão, como o Trilhas Potiguares, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o Núcleo Rondon, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), gerou bons resultados para as instituições e a comunidade de Belém do São Francisco (PE).
A troca de experiências e metodologias, entre as equipes de coordenação da UFPE, UESC e UFRN foi intensa durante a operação, ocorrendo por meio de reuniões, debates, observações e visitas a empresas locais de Belém do São Francisco. A empresa Agrodan, maior produtora e exportadora de mangas do Brasil, que possui sede no município, estreitou laços com os projetos levando os coordenadores das equipes para conhecer sua estrutura e história.
Segundo Poliana Melo, professora na Universidade Estadual de Santa Cruz, a visita foi um tour completo. “A experiência foi incrível. Vimos o processamento da manga, onde a manga é lavada e cortada, e como ela sai com alta qualidade lá de dentro da fábrica”, explica. Com atuações sociais, a empresa construiu no município a Escola Professora Olindina Roriz Dantas, que atua nos ensinos fundamental e médio.
Estudantes das três universidades puderam aprender e compartilhar conhecimento no intervalo de tempo em que estiveram na pequena cidade do semiárido pernambucano, que possui cerca de 20 mil habitantes. De acordo com Sérgio Matias, professor na UFPE, em oito dias foi possível realizar 68 oficinas com cerca de 230 intervenções na comunidade, totalizando a entrega de mais de 4 mil certificados.
Para Matias, a 10ª edição do projeto foi memorável. “A nossa escolha por Belém de São Francisco não podia ter sido mais acertada. A cidade, cravada no médio sertão, reúne em si características bastante próprias por conta da sua localização estratégica na região. Por ser banhada diretamente por um longo trecho do Rio São Francisco e ser entrecortada por diversas ilhas formadas por sua bacia hídrica peculiar, esta cidade se divide entre a dureza da caatinga e o frescor da orla ribeirinha. De certa forma, possui um pouco do Recife nela, nos traz a lembrança do Capibaribe e, ao mesmo tempo, continua nos encantando com a força do povo sertanejo”, afirma.
O coordenador da equipe do Trilhas Potiguares, Washington Souza, conta as expectativas para as próximas edições do projeto de extensão da UFRN após a troca de metodologias com as equipes da UESC e UFPE. “Eu vejo a ampliação do Trilhas como um desafio. A expectativa é que a gente possa retornar com a atuação em pelo menos 20 municípios do Rio Grande do Norte, como nós já fizemos anteriormente. Espero que a gente consiga”, pontua.