Trilhas Potiguares leva dança e teatro para crianças de Lajes

Em torno de uma grande roda, em meio a música, animação e inocência, o segundo dia do Trilhas Potiguares começa em Lajes, região central do RN. Nesta terça-feira, 1º de agosto, dando continuidade às ações no município, foram realizadas as oficinas – Vem dançar! Oficina de dança popular para crianças e Corpo e movimento: oficina de teatro para crianças, ofertadas pelas estudantes de teatro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Ana Nascimento e Amanda Lua Rosa e pelo estudante de Licenciatura em dança da UFRN Ítalo Rodrigues. Ambas as ações contaram com a participação de 17 crianças que aprenderam passos de dança e técnicas de teatro.

No salão do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o olhar atento de Ítalo percorreu cada rosto tímido que se integrava à grande roda formada. O ritmo escolhido foi a Ciranda, dança tradicional no Nordeste brasileiro, principalmente nos estados da Paraíba e de Pernambuco e que está presente na Educação Infantil, na tradição indígena e em movimentos sociais.

Ao som da música Cirandas, da cantora Mariene de Castro, a intenção do futuro professor de dança foi resgatar a cultura popular brasileira e ensinar para as crianças uma dança popularmente conhecida por seus parentes mais velhos. “Eu optei por utilizar a ciranda e foi muito surpreendente perceber que muitas crianças não sabiam o que era a ciranda. Quis resgatar essa cultura e proporcionar para as crianças uma experiência que, possivelmente, seus pais tiveram quando eram mais novos”, esclareceu Ítalo.

O objetivo das duas oficinas foi promover uma prática animada e envolvente para os pequenos, explorando as artes cênicas e os diferentes estilos de dança de forma lúdica e criativa. Durante a oficina de teatro a euforia foi contagiante. Enquanto as crianças corriam, pulavam, gritavam, as trilheiras responsáveis – Amanda e Aninha (como carinhosamente gosta de ser chamada) –  retornaram à infância e se envolveram com as brincadeiras e jogos propostos na ação.

“Nós trouxemos vários jogos que remetem a nossa própria infância e que trabalham com concentração, motricidade e a imaginação da criança, por isso focamos em atividades lúdicas que elas pudessem gastar a energia das crianças e, ao mesmo tempo, trabalhassem todo o corpo”, explica a trilheira Amanda.

O impacto que essas atividades proporcionam na vivência dos moradores de Lajes, principalmente nas crianças que fazem parte do CRAS, é descrito por Alison Felipe, oficineiro de música, como algo importante para o trabalho social que ajuda tantas famílias em situação de vulnerabilidade social no município. “É muito gratificante ver nossas crianças e adolescentes brincando, sorrindo e aprendendo coisas novas com os trilheiros. Nós, quanto oficineiros, estamos absorvendo muitas coisas trazidas por eles, desde oficinas de dança até teatro, defesa pessoal, escrita criativa, entre outras que estão sendo desenvolvidas”, ressalta o funcionário.

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