O Supremo Tribunal Federal voltou a julgar o processo do ex-senador Fernando Collor de Mello, nesta quarta-feira (17).
O primeiro a declarar o voto foi o relator do caso, o ministro Edson Fachin, que foi a favor da condenação de Collor por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, pela operação Lava Jato.
O ministro também fixou pagamento de R$ 20 milhões por danos morais coletivos.
Caso Collor seja acusado, ele ainda poderá recorrer em liberdade se a condenação for confirmada pelos demais ministros.
Para Fachin, Collor foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa da Petrobras e investigada na Lava Jato.
Ele teria recebido propina de empresas privadas em troca de contratos fechados com a BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014.
O advogado de Collor, Marcelo Bessa, disse que as acusações do Ministério Público estão baseadas apenas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador, por isso, ele pediu a absolvição do cliente.
Bessa também negou que o ex-parlamentar tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa. Segundo ele, os delatores acusaram Collor com base em comentários de terceiros.