A Rússia diz ter prendido neste sábado (23) 11 pessoas, incluindo os quatro atiradores do atentado a uma casa de show em Moscou que deixou 133 mortos.
O atentado, reivindicado por um braço do grupo terrorista Estado Islâmico, aconteceu na casa de shows Crocus City Hall, na noite de sexta-feira (22), e é o pior dos últimos 20 anos na Rússia.
Segundo autoridades russas, quatro homens armados invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar. O Ministério de Interior da Rússia disse que todos são estrangeiros, mas não havia divulgado a nacionalidade dos criminosos até a última atualização desta reportagem.
Em seu primeiro pronunciamento sobre o atentado, neste sábado, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que todos os terroristas que participaram do ataque foram detidos.
Putin disse que o grupo tentava fugir para a Ucrânia quando foi capturado. O serviço secreto do governo russo afirmou ainda que os suspeitos tinham contatos no país vizinho. O conselheiro da presidência ucraniana Mykhaylo Podolyak disse em suas redes sociais que as acusações são “insustentáveis e absurdas”.
“A Ucrânia não tem a menor ligação com este incidente. A Ucrânia trava uma guerra em grande escala com a Rússia e resolverá isso no campo de batalha. As versões dos serviços especiais russos sobre a Ucrânia são absolutamente insustentáveis e absurdas”, declarou.
Estado Islâmico fala de guerra
O grupo terrorista Estado Islâmico, que na sexta reivindicou autoria do atentado, disse neste sábado (23) que o ataque é parte de uma “guerra violenta” contra países que combatem o islã.
“O ataque (em Moscou) surge no contexto de uma guerra violenta entre o Estado Islâmico e os países que lutam contra o Islã”, disse a agência de notícias do grupo em seu canal do Telegram.
O Estado Islâmico considera a Rússia inimiga porque o governo de Vladimir Putin apoia as forças do ditador sírio, Bashar Al-Asad, que há quatro anos expulsaram o grupo terrorista da Síria.