O Sistema CNA/Senar divulgou, na segunda (11), os três causos vencedores do concurso Prosa de Porteira. A cerimônia de premiação dos ganhadores será realizada no dia 18 de abril.
O objetivo da ação é incentivar os costumes do campo para a cultura popular brasileira.
As premiações são uma moto para o primeiro colocado, um notebook para o segundo e um celular smartphone para o terceiro lugar.
Conheça os vencedores:
1º lugar – Nem um nem outro (Bahia)
2º lugar – O coroinha (Rio Grande do Norte)
3º lugar – A mulher fantasma (Ceará)
Todas as histórias inscritas no site prosadeporteira.com.br passaram por etapas classificatórias e eliminatórias como o envio dos vídeos, cadastro, análise de comissão organizadora e votação popular. Do total de 300.816 mil votos populares, o causo ‘Nem um nem outro’ recebeu 153.413 votos. Já ‘O coroinha’ foi votado 128.457 vezes e ‘A mulher fantasma’ recebeu 7.063 votos do público.
Nem um, nem outro – No causo, Itamar Santos conta a história de dois compadres que saíram para caçar e não conseguiram matar nada. Tristes e desanimados, na volta para casa avistaram uma mala cheia de dinheiro no fundo de uma vereda. Para comemorar que ficaram ricos, um compadre foi até a cidade comprar uma cachaça e outro ficou para vigiar a mala. O que foi comprar a cachaça resolveu envenenar a bebida para matar o outro e ficar rico sozinho. O que ficou com a mala decidiu se esconder e dar um tiro no que vinha com a cachaça. E assim foi feito. No fim das contas, os dois morreram e ‘nem um, nem outro’ ficou rico, porque ganância e inveja não leva a ninguém a nada.
O coroinha – Paulo Meireles conta a história de uma criança que era coroinha. No grupo dos amigos, os mais velhos tinham vantagem nos afazeres da igreja e os menores só varriam o chão. Mas o primo desse coroinha que era influente disse que ia ajudar ele a participar da missa de domingo. Quando chegou o dia, seu primo alertou que quando o padre dissesse a palavra ‘santificai’, ele deveria tocar a sineta sem parar. Mas na primeira leitura do padre, o coroinha tocou a sineta e todo mundo se ajoelhou. Foi aí que percebeu que tocou o sino na hora errada. Em casa, foi chamado atenção e no grupo de coroinhas foi motivo de mangação e nunca mais tocou o sino, ficou só varrendo o chão.
A mulher fantasma – A professora e contadora de histórias, Lucí Oliveira, conta que sempre na madrugada os motoristas da região de Quixeré-CE viam uma mulher muito bonita, vestida de branco, vagando pela estrada. Um certo dia, um dos motoristas resolveu parar e dar uma carona à moça. Levou ela até a cidade e quando chegou, perguntou se ela não tinha medo de andar sozinha naquele horário. E ela respondeu: quando eu era viva, eu tinha. E nesse instante a mulher desapareceu.
Conheça o site Prosa de Porteira, espaço criado para resgatar os mais variados, criativos e saborosos causos do campo brasileiro, além de trazer muita música e gastronomia das diferentes regiões do País.