A greve dos servidores da saúde do Rio Grande do Norte completou 10 dias nesta sexta-feira (28), com manifestantes mantendo o acampamento em frente à Governadoria. Durante a manhã, a categoria realizou um ato público para reafirmar a continuidade da paralisação. À tarde, ocorreu uma reunião extraordinária da Mesa SUS para discutir os impasses.
Na reunião, estiveram presentes representantes do governo de Fátima Bezerra (PT), incluindo o secretário de Administração, Pedro Lopes, a secretária estadual de Saúde, Lyane Ramalho, e a secretária adjunta Leidiane Queiroz. Também participaram da reunião a direção e base do Sindsaúde/RN, bem como outros sindicatos da área da saúde.
Durante o encontro, o secretário de Administração ressaltou que as negociações só poderão avançar após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado, prevista para ocorrer até o final de agosto e só então, o governo poderá apresentar propostas à categoria.
Contudo, a categoria expressou descontentamento, uma vez que, de acordo com os representantes da categoria, até o momento não houve nenhuma proposta para atender as reivindicações do trabalhadores. Em resposta, a gestão fez um apelo para que os grevistas suspendessem o movimento e aguardassem a decisão do TAG. Além disso, diretores de hospitais também participaram da reunião para apresentar as consequências da greve nos serviços e atendimentos à população.
A coordenadora do Sindsaúde/RN, Rosália Fernandes, enfatizou que os trabalhadores da saúde se sentem sobrecarregados e que a situação caótica do sistema de saúde é diária, independente da ocorrência da greve.
Diante da falta de avanços nas negociações, os grevistas decidiram manter o movimento e agendar uma nova assembleia para a próxima segunda-feira (31) às 9h, no auditório do Sinpol, a fim de discutir os rumos da greve.