O Rio Grande do Norte tem sido afetado, em meio ao atual quadro de epidemia de dengue, pelo desabastecimento de testes sorológicos para a detecção da doença e do inseticida Cielo ULV, utilizado para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti durante a circulação de carros fumacê. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a indisponibilidade de insumos no Ministério da Saúde (MS) é o que está provocando o desabastecimento no RN e em outras unidades federativas do País.
A Sesap esclareceu que o Estado conta com testes para detecção de dengue e chikungunya por meio de biologia molecular, além de teste sorológico de dengue NS1. No entanto, estão em falta testes sorológicos para Dengue IgM e Chikungunya IgG e IgM. “Isso decorre das dificuldades enfrentadas pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde na importação desses kits, que estão em falta. Assim que o estoque for regularizado, haverá encaminhamento dos kits aos Laboratórios Centrais de Saúde de todos os estados”, explicou a pasta.
O jornal Triuna do Norte apurou que, por falta de testes os exames sorológicos para detecção da dengue estão suspensos em Caicó, no Seridó potiguar, sem prazo para a retomada da testagem. O Município também não recebe, há semanas, a visita de um carro fumacê. Moradores da cidade reclamaram da falta de um inseticida utilizado nas aplicações de combate ao mosquito.
De acordo com a Sesap, o inseticida utilizado no Rio Grande do Norte é o Cielo ULV, empregado no controle do Aedes aegypti para situações emergenciais com elevada transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e Zika vírus, em aplicações com equipamento costal motorizado e também por meio de carros fumacê. A pasta explicou que há o desabastecimento desse insumo nos estoques do Ministério da Saúde e que tem atuado para tentar minimizar os impactos da falta do inseticida. Hoje, apenas Natal, Mossoró e Currais Novos utilizam carro fumacê, em razão da escassez do inseticida, bem como da situação epidemiológica dessas regiões.
No entanto, conforme a Secretaria, o insumo deverá acabar no próximo final de semana e não há prazo, por parte do Ministério da Saúde, para o envio do inseticida. “Inteiramos que a Sesap vem trabalhando insistentemente na tentativa de minimizar os problemas causados pela falta do Cielo ULV. Foram realizadas tentativas de empréstimo a alguns Estados vizinhos, mas não houve êxito devido à indisponibilidade do produto nos outros estados também”, afirmou a pasta.
Tribuna do Norte