Neste mês de julho, destinado à luta contra as hepatites virais, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) publicou o mais recente Boletim Epidemiológico com dados sobre a incidência da doença na população do Rio Grande do Norte. De janeiro a maio de 2023, foram notificados 69 casos de hepatites virais, apontando uma redução de 4,1% nas notificações em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 72 casos de hepatites virais.
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Diana Rego, a comparação e análise dos dados dos últimos anos mostra que entre 2022 e 2023 houve uma diminuição na taxa de incidência das hepatites A e B e um aumento na incidência de hepatite C.
“Ao analisar a distribuição dos casos notificados em nossos territórios, percebemos que ainda temos municípios silenciosos, o que torna importante fortalecer a vigilância em relação às hepatites, especialmente nesse mês de julho, alusivo ao combate às hepatites virais em todo o Brasil, por isso é importante que a população procure as unidades básicas de saúde para realizar o teste e o diagnóstico precoce para receber o tratamento de forma adequada”, destaca a coordenadora.
Segundo o boletim, entre 2012 e 2022, o RN apresentou 2.399 casos confirmados de hepatites virais, sendo 582 (24,3%) de hepatite A, 653 (27,2%) de hepatite B, 1.147 (47,8%) de hepatite C e 17 (0,7%) casos com mais de uma etiologia. No mesmo período foram identificados, no RN, 200 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais. Destes, 127 (63,5%) ocorreram em homens e 73 (36,5%) em mulheres. A faixa etária predominante foi a de 60 anos e mais com 57,5% dos casos registrados.
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus que provocam alterações no fígado. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é o menos frequente no Brasil.
Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Confira aqui o Boletim Epidemiológico completo.