O presidente estadual do PSB, deputado federal Rafael Motta, negou que tenha tratado com o senador Styvenson Valentim (Podemos) sobre composição de chapas majoritárias para governador do Rio Grande do Norte. Rafael Motta cumpria agenda política em Mossoró, ontem, e disse, inclusive nas redes sociais, que “desde o início eu tenho dito o mesmo, mas eu vou repetir mais uma vez: o nosso apoio à eleição da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula são irrevogáveis”.
Rafael Motta é pré-candidato a senador da República e acrescentava que “essa é uma aliança nacional e que deve ser reproduzida em todos os estados do Brasil, incluindo aqui o nosso Rio Grande do Norte”.
As declarações de Motta ocorreram depois de circularem informações sobre um encontro dele com o senador Styvenson Valentim, o qual confirmou a conversa entre eles, mas que não se falou em formação de chapas ou alianças políticas para 2022: “Se for candidato, a chapa será com um nome do próprio Podemos, que tem quadros para isso”.
Em entrevista a uma TV mossoroense, Rafael Motta (PSB) afirmou que vota na governadora Fátima Bezerra “por acreditar” no projeto político e administrativo dela. “É irrevogável, assim como o voto ao ex-presidente Lula. De igual forma, a minha postulação ao Senado é irremovível”, garantiu.
Mesmo assim, Rafael Motta não deixou de criticar o apoio da governadora ao pré-candidato a senador Carlos Eduardo Alves (PSB) em detrimento do nome dele como aliado histórico do governo seu governo e do PT na Câmara dos Deputados: “Eu estou tentando ajudá-la a ter um aliado realmente confiável no Senado, alguém que ela saiba que vai seguir o mesmo caminho que ela”.
O deputado Rafael Motta cobrou coerência política da governadora, considerando que ala foi induzida por auxiliares próximos a ela na administração estadual e uma minoria dentro do PT para que deixasse de repetir em nível estadual a aliança firmada em nível nacional pelo PSB, com a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para futuro companheiro de chapa do ex-presidente Lula numa disputa direta com o presidente Jair Bolsonaro.
“Existe uma coerência nacional que a gente espera que seja replicada aqui [no RN]. O que não pode é ter um candidato [Carlos Eduardo] que é de outro partido, que vota em um outro candidato a presidente [Ciro Gomes], que um dia está em um canto e depois está em outro. Essa coerência é o que está faltando. No mesmo ponto de vista, a nossa pré-candidatura tem essa coerência em nível nacional e local”, declarou Motta, ainda acreditando numa reversão do apoio do PT a Carlos Eduardo até o período de realização das convenções partidárias entre o fim de julho e começo de agosto.
Tribuna do Norte