Entre os mais de 38 mil candidatos e candidatas a uma das 160 vagas abertas para Técnico Judiciário (Nível Médio) do TJRN há perfis de todos os tipos. A etapa deste domingo 11, completa o certame de seleção para servidor do Tribunal de Justiça potiguar, de 2023, iniciado em 4 de junho, com a prova para Analista Judiciário (Nível Superior).
No Campus Central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), na lateral da Avenida Nevaldo Rocha (antiga Bernardo Vieira), local com maior número de inscritos para a prova de hoje, 2.383 concorrentes, a aglomeração de pessoas a espera da abertura dos portões começou pouco depois das 6h. Luiz Alexandre Barbosa de Pontes, do Recife, era um deles. Funcionário público em sua cidade, começou a estudar para as provas – de Analista Judiciário e Técnico Judiciário – há seis meses.
“Para esta prova, cheguei a Natal na quinta-feira (8/6), pois tenho família aqui”, ressaltou o candidato. Sua rotina de dedicação para a obtenção de conhecimentos foi de duas horas por dia. Como trabalha em uma área que lida com o Direito, diariamente, acredita ter boas chances de aprovação.
O cargo de Técnico Judiciário – Área Judiciária (Nível Médio) prevê remuneração inicial de R$ 3.974,08. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do concurso, 38.086 candidatos disputam as vagas em disputa, neste domingo. As provas objetiva e discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório, são realizadas no horário das 8h às 12h30 (horário oficial de Brasília).
Angélica Campelo veio para a prova de Técnico Judiciário tranquila e confiante. Recentemente passou em um concurso federal. Paraibana, a estudante reside em São Gonçalo do Amarante. “Para o TJRN, comecei a estudar em setembro. São 4 a 5 horas de preparação, todo dia, mesmo assim não dispenso a revisão antes da prova, dá sempre certo”, comentou, ao contar que no último certame ao qual se submeteu, a leitura de apontamentos, antes da prova, lhe garantiu acerto em três questões.
No meio dos concorrentes, que aguardavam a abertura dos portões no IFRN, havia pessoas de vários estados, entre outros, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais e Ceará. Deste último, esperava na calçada da unidade de ensino, Isaelite Macedo, de Juazeiro do Norte. Agente Administrativo do município, observou que vem estudando há 40 dias para o exame.
Conciliar o trabalho com os estudos é um desafio para muita gente. Neste segmento, encontra-se Jofran Paulino, auxiliar de farmácia, em Natal. Ele dedicou os últimos dois meses para chegar neste momento, minimamente preparado. “Tentarei fazer uma boa prova. Li muito sobre leis, aprendi muita coisa que não sabia”, disse. “Independente do resultado, valeu a pena”, reforçou.
Um dos itens essenciais da prova é a caneta esferográfica em material transparente azul ou preta. Em paralelo ao movimento de gente chegando para fazer provas, “Seu França”, como gosta de ser chamado, vendedor ambulante na região, apostou no tripé água mineral, chocolate e caneta da cor preta.
No primeiro domingo de concurso, vendeu três caixas destas, um total de 150 unidades, no Campus da Universidade Potiguar (UnP), na Avenida Salgado Filho. Hoje, ele tinha mais concorrência nas vendas, mas não parou de atender a candidatos e candidatas que esqueceram de comprar o produto, antecipadamente, antes do fechamento dos portões às 7h30.