A Polícia Federal colheu o depoimento de um dos acusados de agredir o ministro Alexandre de Moraes, do STF, na última sexta-feira (14).
Alex Zanatta Bignotto negou participação nos fatos, como explica o advogado dele, Ralph Tórtima Stettinger Filho.
O advogado também vai defender os outros dois acusados de envolvimento no caso: Andreia Mantovani e o empresário Roberto Mantovani Filho. De acordo com a defesa, os dois vão ser ouvidos na manhã desta terça-feira (18).
O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado na sexta-feira passada em um aeroporto em Roma, na capital italiana; o filho dele chegou a ser agredido com um soco no rosto.
No sábado (15), políticos se manifestaram sobre o caso.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, condenou as agressões contra o ministro Alexandre de Moraes.
No Twitter, Flávio Dino escreveu: “Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser ‘elite’, mas não têm a educação mais elementar”.
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, considerou “inaceitável” a agressão sofrida pelo magistrado e pela família dele e afirmou que esse tipo de comportamento distancia o país do progresso e da civilidade.
Já o senador Renan Calheiros do MDB de Alagoas, autor de uma proposta que dá ao STF a competência para julgar ações antidemocráticas, afirmou que tentará votar o texto em agosto.
E a deputada Jandira Feghali, do PCdoB do Rio de Janeiro, também prestou solidariedade à família de Alexandre de Moraes e defendeu que os acusados paguem pelas agressões no rigor da lei.