Operação Logro: Empresário foragido é suspeito de sonegar R$ 320 milhões

O Ministério Público do Rio Grande do Norte, juntamente com a Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria Estadual de Tributação, deram detalhes, durante uma entrevista coletiva, sobre uma operação deflagrada nesta segunda-feira (5), onde está sendo investigado  um esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa supostamente liderado por um empresário de São Gonçalo do Amarante, atuante no setor de supermercado atacadista. O Ministério Público solicitou à Justiça Estadual um mandado de prisão preventiva contra o empresário, que até o momento não foi localizado e é considerado foragido.

Segundo as investigações, o esquema criminoso de evasão fiscal, arquitetado pelo empresário, envolvia a criação de empresas de fachada para adquirir mercadorias e posteriormente sonegar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) através do fechamento dessas empresas. Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos ultrapassem os 300 milhões de reais.

De acordo com o Secretário Estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, são 190 casos na dívida ativa e outros 130 ainda em aberto. O esquema envolveu a criação de mais de 10 empresas fictícias em nome de “laranjas”. Uma dessas empresas foi registrada em nome de um policial militar do estado do Mato Grosso, que registrou um boletim de ocorrência denunciando o uso indevido de seus dados para a abertura da empresa no Rio Grande do Norte.

O empresário também enfrenta acusações de possível envolvimento em outros crimes, incluindo participação em grupo de extermínio e tentativa de homicídio qualificado, nos quais é apontado como mandante. Entretanto, não houve condenações referentes a esses supostos crimes, que teriam ocorrido em 2010.

Além da prisão do empresário, o Ministério Público obteve decisões judiciais que afetam os “laranjas”. Os supermercados atacadistas de propriedade do empresário ou vinculados a ele estarão sujeitos a um regime especial de fiscalização.

Durante as buscas, foram encontradas diversas munições e armas na posse de pessoas ligadas aos supermercados. O Secretário Estadual de Tributação ressaltou que a sonegação fiscal afeta toda a sociedade, pois impede a arrecadação de recursos que poderiam ser investidos em melhorias para a população.

 

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