Missão Banco Mundial: inspeções chegam ao Alto Oeste e Seridó

O segundo dia de visitas aos investimentos realizados no RN por meio do Projeto Governo Cidadão tomou o rumo do Alto Oeste, em Lucrécia. O munícipio recebeu uma importante obra de recuperação em sua Barragem que envolveu o barramento principal e secundário do reservatório, com a aplicação de cerca de R$ 13 milhões, com recursos estaduais viabilizados pelo empréstimo junto ao Banco Mundial.

Nesta terça-feira, 25, além de visitar o equipamento, o secretário de Infraestrutura, Gustavo Côelho, acompanhado dos técnicos do Banco Mundial, Augusto Mendonça e Paula Freitas, e autoridades municipais entregou as casas que precisaram ser reconstruídas durante a execução. “Nunca fui tão feliz. Receber minha casa novinha, reconstruída é um sonho que hoje torna-se realidade. Agora é fazer a minha mudança para viver em meu novo lar”, comemorou Maria Gilva Clemente, dona da casa nº 425.

BARRAGEM DE LUCRÉCIA

A Barragem de Lucrécia tem quase 90 anos e é de responsabilidade do Governo do Estado. Para se adequar à Política Nacional de Segurança de Barragens e atender às recomendações dos consultores do Painel de Segurança contratados pelo Governo, a gestão tomou uma série de medidas preventivas, entre elas a execução de um Plano de Ação de Emergência (PAE). A primeira visita dos especialistas ocorreu em 2019, quando foi detectado um indicativo de instabilidade nos dois barramentos e recomendada a realização de obras complementares, que começaram em maio daquele ano.

“Depois da obra da barragem concluída e vistoriada recentemente pelos painelistas de barragens, hoje entregamos as casas àqueles moradores que foram impactados e tiveram seus lares totalmente reconstruídos. Entregamos a dignidade a essas famílias. Esse é mais um compromisso concluído com o povo potiguar”, pontuou o secretário Gustavo Coêlho.

Ainda na região, a equipe seguiu  para visitar uma das maiores obras do Governo do RN em infraestrutura rodoviária, a restauração e alargamento da RN-233.  A obra se estende por 41 km, indo do entroncamento da BR-304, em Assú, passando pelo município de Paraú  até a BR 226, nas imediações do município de Triunfo Potiguar. A obra está totalmente concluída e sendo usufruído pela população local e escoando produções.

POLPA DE FRUTA E CASA DE MEL 

Duas experiências exitosas de subprojetos também foram vistoriadas,  na região Seridó. No alto das serras de Florânia, quase 40 famílias fornecem graviola, goiaba, cajá, acerola, caju e manga para o Núcleo de Produtores Cooperados da Comunidade Cajueiro. A entidade gera trabalho direto para 18 pessoas em sua unidade de beneficiamento de polpa, que recebeu do Governo Cidadão um investimento de R$ 426 mil para compra de um caminhão baú congelado, uma picape, placas solares, câmara fria e equipamentos.

A produção anual que em 2023 chegou a  37 toneladas de polpa, possui SIF, renovado até 2030, e  é 100% vendida pra programas governamentais como o PAA e o PNAE.  O destaque vai para o uso das placas fotovoltaicas instalada, que fez o custo mensal com energia cair de R$ 5 mil para R$ 80, após a instalação de pouco mais de 100 placas.

Já em Cerro Corá, foi vistoriada a produção da Associação Cerrocoraense de Apicultores, na qual foi investido R$ 401 mil na  construção da casa de mel e todos os seus equipamentos, mais insumos e EPI. O investimento gera trabalho para 14 apicultores que realizam de duas a três colheitas por semestre, de uma primeira florada que começa no início do inverno, estendida por 1500 colmeias. Em 2022, a produção foi de 18 toneladas de mel totalmente puro.

“O Governo Cidadão trouxe avanços que demoraríamos muito para alcançar e por isso queremos trazer mais gente para cá, compartilhar esses benefícios e fazer crescer o setor”, disse o apicultor Francisco Iranildo Dantas.

Participaram das agendas, além dos já citados, a gerente Executiva do Governo Cidadão, Ana Guedes, e o chefe do setor de Monitoramento, Carlos Nascimento, mais técnicos dos setores ambiental e de engenharia. Pelo Banco, estiveram presentes o gerente do Projeto, Leonardo Bichara, e os especialistas Anna Roumani, Adriana Martins, Luis Dias (FAO), João Guilherme, Lauro Bassi, Juliana Paiva e Paulo Fonseca.

 

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