Às vésperas do feriado de Carnaval, o Ministério da Saúde lembra da importância da doação de sangue junto aos hemocentros de todo o País, inclusive, quem nunca doou pode passar a fazer sua contribuição para manter os estoques abastecidos e ajudar a salvar vidas. Neste período do ano, a tendência é que o número de doações caia, tendo em vista que muitas pessoas mudam a rotina, viajam e aproveitam para descansar, deixando de fazer esse ato de solidariedade.
“Para ser um doador, a pessoa precisa estar descansada, bem alimentada, hidratada e sem utilizar bebida alcoólica nas últimas doze horas. Assim, a gente pede para que as pessoas venham antes de iniciar as festividades carnavalescas”, explicou o presidente da Fundação Hemocentro do Distrito Federal (FHDF), Osney Okumoto, em entrevista ao Canal Gov.
O Ministério da Saúde acompanha, diariamente, a quantidade de bolsas de sangue em estoque nos maiores hemocentros estaduais. Essa é uma das estratégias para evitar um possível desabastecimento de sangue em determinada unidade da federação. Caso necessário, o Plano Nacional de Contingência do Sangue é utilizado, possibilitando apoio logística para o remanejamento de bolsas de sangue para estados com maior dificuldade.
Okumoto explicou que, conforme aponta um cálculo estratégico, sabe-se que, em feriados prolongados, o número de acidentes de trânsito aumenta, assim como a ocorrência de brigas, o que resulta na necessidade de mais bolsas de sangue. “As pessoas que são feridas vão até uma emergência de um hospital e, normalmente, precisam de uma bolsa de sangue ou, se vão para a cirurgia, também precisam de sangue. A gente tem que trabalhar com estoques garantidos como forma de prevenção”, argumentou.
O presidente do hemocentro da capital federal mencionou, ainda, uma particularidade de 2024, que é o aumento de casos de dengue. Alguns pacientes, sob indicação médica, precisam receber plaquetas – um dos elementos que compõem o sangue. Portanto, neste Carnaval, é preciso contabilizar estoque suficiente para atender também a esse público.
O músico Eduardo Faustino, doador regular, contou que um de seus familiares já precisou de bolsas de sangue e ele sabe da importância desse ato. Ele fez sua última doação na terça-feira (06/02). “Acredito ser muito importante a doação, eu sempre venho quando tenho oportunidade, não só no Carnaval, mas durante o ano todo. É fundamental ajudar as pessoas que precisam de sangue”, disse.
Doe sangue
Para contribuir, é necessário: apresentar um documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional emitida por classe); ter idade entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam do consentimento formal do responsável legal e pessoas com idade entre 60 e 69 anos precisam já ter doado sangue antes dos 60 anos); pesar no mínimo 50 kg; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; estar alimentado e evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação. O Ministério da Saúde informa também que se a doação for feita após uma refeição, é preciso aguardar duas horas.
Todo o procedimento de doação, incluindo cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e entrega do lanche, leva, em média, 40 minutos. “Doar sangue não dói, é fácil, não afeta a sua saúde e você salva muitas vidas”, incentiva o Ministério.
Os tipos sanguíneos O- e A- são os que costumam ter baixa nos estoques, já que são os mais difíceis de encontrar, segundo Okumoto. Para saber qual é o hemocentro mais próximo de sua residência, clique aqui.