No último dia de compromissos na China, antes de embarcar para os Emirados Árabes, o presidente Lula fez um balanço da viagem até agora. E foi claro: a relação Brasil China não vai criar arranhões com outro país: os Estados Unidos. “Não há razão para isso. Quando vou conversar com os EUA não fico preocupado o que a China vai pensar. Quando venho aqui, não fico preocupado com a China. É assim que faz os EUA, a China e todos os países, cada um negocia em defesa da sua soberania. Foi isso que vim fazer aqui”, disse.

Lula ainda afirmou que sai satisfeito das reuniões que teve com o presidente Ji Jinping e demais autoridades chinesas, especialmente, com relação à troca de conhecimento e tecnologias. “Senti uma extrema vontade do presidente e ministros interação com o Brasil. Nossa relação estratégica vai se aperfeiçoando cada vez mais, não precisamos romper, tem de ir atrás dos seus interesses e fazer acordos possíveis com todos os países, não temos escolhas políticas ideológicas, mas de interesse nacional. Saio satisfeito”, afirmou.

O presidente voltou a falar sobre a necessidade de se criar um grupo de países contrários à guerra na Ucrânia para tratar de paz. Segundo ele, é preciso paciência e convencimento. Paciência para conversar com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin e, convencimento para que os países parem de fornecer armas para o conflito. Lula cumpre o sábado de agendas em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e retorna ao Brasil neste domingo à noite.