Lula falou aos participantes da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, nesta quarta-feira (3), e aproveitou a ocasião para defender o direito à indignação diante de injustiças sociais e políticas contra crianças e adolescentes em nível global. “Nós não podemos perder o direito de nos indignar. Quando tudo cai na normalidade significa que alguma coisa está errada no nosso comportamento”, apontou.
O presidente da República disse ainda ter obsessão pela educação e desejo de garantir para as pessoas ainda mais o direito de ter educação. “Garantir educação é essência do Estado. Não existe uma criança mais inteligente do que a outra, não existe ser humano mais inteligente do que o outro, o que precisa, é garantir igualdade de oportunidades para que todos possam disputar as coisas nesse país”, afirmou Lula.
Neste segundo dia do evento que termina na quinta-feira (4), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, chamou a realização da Conferência Nacional de um ato político e defendeu a participação dos jovens na política. “A política é o lugar onde podemos mudar nossos destinos, é o lugar de onde podemos vencer a morte e enganá-la”, declarou.
“A política é uma coisa boa, a ideia que hoje temos de criança e de adolescente é uma criação da política. Antes, criança era considerada apenas um adulto incompleto, ou seja, alguém que deveria aprender a ser adulto por meio do trabalho. Imaginem, então, que o trabalho infantil não era um problema e há até hoje quem considera que criança tem que trabalhar ao invés de brincar ou mesmo estudar”, completou o ministro do MDHC.
Conferência Nacional
Iniciativa do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) em parceria com a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDCA/MDHC), a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente promove ampla mobilização social nas esferas municipal, estadual, distrital e nacional, com o intuito de refletir e avaliar os reflexos da pandemia de covid-19 na vida de crianças, adolescentes e famílias. E ainda, pensar ações para garantir o pleno acesso de crianças e adolescentes às políticas sociais, refletir sobre as dificuldades vivenciadas pela rede de promoção, proteção e defesa dos direitos para o enfrentamento das violações a crianças e adolescentes.
Até quinta (4), a Conferência reúne em Brasília cerca de 300 crianças e adolescentes que atuam como delegados propondo e debatendo ações que irão beneficiá-los no futuro. Durante este segundo dia de atividades, o presidente Lula recebeu dos jovens integrantes do Comitê de Participação de Adolescentes (CPA) as propostas do colegiado por ocasião dos 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lembrado em julho de 2023. O evento contou ainda com a participação do secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudio Vieira, do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo e da presidenta do Conanda, Marina de Pol Poniwas.
Por: MInistério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)