Com mais de 6 mil crianças mortas pelos ataques de Israel, na Faixa de Gaza, o presidente Lula comparou a um “genocídio” o que corre na região e fez um apelo a líderes mundiais, pelo fim dos conflitos e pelo diálogo.
A declaração foi dada neste sábado (2), em mais um evento com líderes mundiais, durante a COP28, nos Emirados Árabes.
Na reunião do G-77 sobre mudanças do clima, o presidente brasileiro se disse “incomodado” com a situação dos conflitos, incluindo entre Rússia e Ucrânia. Um dia após se reunir com o secretário-geral da ONU, Antônio Guterrez, Lula voltou a criticar o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O presidente brasileiro ainda enfatizou a importância do grupo para defender o chamado “multilateralismo”. Lula voltou a falar em “justiça climática”, chamando a responsabilidade para os países ricos, como forma de estimular a transição energética daqueles em desenvolvimento.
Segundo Lula, os quatro maiores fundos ambientais do mundo somam mais de U$ 10 bilhões em recursos. No entanto, disse que os países em desenvolvimento não têm acesso devido ao que Lula chama de “empecilhos burocráticos”.
Também diante das representações de 77 países, o presidente Lula defendeu uma “regulação do uso das inteligências artificiais”, para evitar que os modelos criados nos países do Norte se imponham ao mundo. Lula defendeu que o assunto seja concentrado na ONU, para evitar que o mundo volte a ser, segundo ele, dividido entre “países responsáveis e irresponsáveis”.