O Hamas deu uma “resposta positiva” à proposta do Egito e do Qatar para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A resposta foi enviada para Tel Aviv pelo premiê qatari, xeque Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e pelo secretário de Estado dos Estados dos Unidos, Antony Blinken, durante uma reunião em Doha.
O Hamas afirmou que tratou o plano de forma positiva, visando o fim completo da agressão, ajuda humanitária, soluções para habitação, reabilitação, fim do bloqueio a Gaza e a troca de prisioneiros.
Em novembro, um acordo mediado pelos mesmos atores permitiu um cessar-fogo de sete dias, durante os quais 240 prisioneiros palestinos foram libertados e cerca de cem reféns feitos pelo Hamas foram libertados.
A proposta do Egito e do Qatar, entregue ao Hamas na quinta-feira, previa um cessar-fogo de 30 dias, durante os quais reféns feridos, mulheres e idosos seriam libertados. Até o momento, 121 pessoas já foram libertadas desde o início da crise. Antony Blinken considerou a possibilidade de um cessar-fogo e afirmou que os EUA também iriam rever os termos apresentados pelo Hamas.
Ele ressaltou que a prioridade é desescalar a crise, que atingiu pontos altos de tensão com a retaliação americana a ataques na Síria e no Iraque. Enquanto isso, os combates continuam intensos no sul da Faixa de Gaza, com Israel prometendo uma ação mais dura sobre Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito e concentra os refugiados da região.