A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra membros de grupo neonazista que se organizava em um aplicativo de mensagens.
O menor de idade que atacou e matou quatro pessoas em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, em novembro do ano passado, participava do grupo antes de ser apreendido.
Pela rede social, os integrantes compartilhavam material com divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas.
Para a PF, os conteúdos podem ter induzido o menor a cometer os assassinatos em massa.
Os arquivos de conteúdo de extremismo violento encontrados no aparelho celular do menor foram baixados desse canal do aplicativo.
Os policiais conseguiram identificar dois integrantes que interagiam ativamente com postagens com teor racista e antissionista. Apesar, de acordo com a PF, da baixa cooperação da empresa do aplicativo de mensagens, em fornecer os dados necessários para a identificação dos participantes do grupo.
As medidas foram cumpridas na capital paulista e na cidade de Petrolina, em Pernambuco.
Se somadas, as penas máximas dos crimes investigados atingem 72 anos de reclusão, lembrando que tanto o crime de terrorismo quanto o de homicídio qualificado são considerados hediondos pela legislação.