Nas ruas, todo mundo sabe: tem de gastar menos para equilibrar as contas. E no governo, é mais ou menos a mesma coisa. A equipe do planejamento já tem um esboço de um corte nos gastos públicos.
“Nós termos a coragem de cortar aquilo que é ineficiente. Erros fraudes já foram cortados no ano de 2023 porque eles vieram fruto da pandemia”, disse.
A ideia é congelar entre 30 e 50 bilhões de reais. Pelo menos 5 bilhões viriam do fim dos “supersalários” do setor público. Cerca de 60% dos servidores estaduais e 30% dos federais ganham, com a soma dos chamados penduricalhos, mais que os 44 mil reais por mês que os ministros do supremo recebem e deveriam ser o limite.
Outra proposta defendida no planejamento é diminuir o seguro desemprego com base no tamanho da multa do FGTS. Quanto maior o valor repassado ao trabalhador, menor o valor das parcelas do seguro.
No Congresso, o clima é de página virada após as eleições. A promessa é votar propostas com impacto real na vida da população depois de quase 6 meses devagar, quase parando.
Uma delas é a regulamentação da reforma tributária, que unifica 5 impostos, e está desde julho no senado. A proposta isenta de impostos produtos da cesta básica, remédios e estabelece uma devolução para consumidores mais pobres na hora da compra do gás, por exemplo.
Governo e oposição afirmam que dá tempo de aprovar o texto até dezembro. E esta semana já será um teste.
“São muitos assuntos importantes que serão discutidos aí até o final do ano além do orçamento”, disse Izalci Lucas, senador PL/DF.