A segurança pública, apontada como área de fragilidade na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será o foco da primeira campanha publicitária do governo federal em 2024.
Sob o mote “Brasil Unido contra o Crime”, as peças publicitárias destacarão as ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas nas fronteiras, portos e aeroportos contra o crime organizado e as milícias.
A Polícia Federal, por exemplo, apreendeu cerca de R$ 2 bilhões em bens e valores de grupos criminosos envolvidos com o tráfico de drogas entre janeiro e novembro do ano passado. Esse montante representa um aumento de quase 300% em relação a 2022, marcando um recorde na série histórica iniciada em 2014.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência veiculará a campanha na televisão, no rádio e na internet, destacando a atuação do governo federal no combate à violência contra as mulheres e à pedofilia. Os crimes no ambiente virtual também serão abordados nas peças publicitárias.
A divulgação ocorrerá em um momento em que Lula está prestes a definir o sucessor de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Após a indicação do atual ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), alguns aliados do presidente pressionaram por uma divisão da pasta, criando um ministério específico para a segurança. No entanto, essa proposta não avançou, e Lula, pelo menos por enquanto, planeja manter a estrutura como está.
Um dos principais argumentos contrários à divisão do ministério é que criar uma pasta da Segurança Pública poderia transmitir a mensagem de que o governo federal possui uma solução fácil para as questões dessa área.