Com o apoio da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (FAPERN), pesquisadores potiguares já deram início às ações do projeto Fapern Comunica, voltado à divulgação científica e à popularização da ciência nos dez territórios da cidadania do estado. As cinco propostas selecionadas pelo edital nº 01/2025, com vagas remanescentes do edital nº 28/2024, são coordenadas por professores de instituições vinculadas ao sistema de ciência, tecnologia e inovação do RN, e cada iniciativa conta com o apoio de dois bolsistas de graduação.
As propostas contempladas abrangem temas diversos e estratégicos como sustentabilidade, educação alimentar, gestão de resíduos sólidos e tecnologias sociais aplicadas ao campo, com foco em levar o conhecimento científico para mais perto da população, em linguagem acessível e por meio de metodologias participativas.
No território do Trairi, a professora Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo coordena o projeto Divulgar ciências na perspectiva da Educação para a sustentabilidade: uma proposta de popularização da Ciência para o Território do Trairi. “É uma proposta de disseminação e popularização da ciência que tem como objetivo promover atividades educativas em escolas, praças e cidades da região, desenvolvendo exposições científicas com ênfase sobre a sustentabilidade”, explica.
No território Seridó, o professor Felipe Ribeiro integra o projeto Popularização da Ciência no território da cidadania do Seridó. Ele destaca a parceria com a Fapern e o Programa Ciência para Todos. “Estamos preparando um material muito especial, com um podcast e um mini documentário, recheado de entrevistas com cientistas, agricultores, estudantes, professores e outros atores que destacam a ciência, tecnologia e inovação feitas no interior do nosso estado”, destaca.
Já no Sertão do Apodi, o professor Jorge Luís de Oliveira Pinto Filho coordena a proposta Construindo à Consciência Ambiental, que leva à população um documentário sobre a gestão de resíduos sólidos na bacia hidrográfica do rio Apodi-Mossoró. “Vamos debater os aspectos gerais dos resíduos sólidos, seus respectivos impactos e possíveis consequências sobre o território”, afirma.
No território do Mato Grande, o professor Washington José de Souza conduz o projeto Popularização da Ciência e Tecnologia Social para a curricularização da educação alimentar e nutricional no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): Pesquisa-Ação na Educação Básica. “O objetivo da nossa proposta é implementar, por meio de pesquisa-ação, práticas pedagógicas de popularização da ciência na educação básica, com base no PNAE, visando à incorporação de tecnologias sociais na curricularização da educação alimentar e nutricional”, explica o professor, que coordena o grupo OASIS – Organização da Aprendizagem de Saberes em Iniciativas Solidárias.
No território Potengi, a professora Késia Kelly Vieira de Castro, da UFERSA/Mossoró, lidera o projeto Ciência e Tecnologia Social no Campo: Inovações para Popularização da Ciência. “Nosso objetivo é levar iniciativas de popularização da ciência para espaços formais e informais em comunidades rurais. O apoio da Fapern tem sido fundamental em termos de financiamento e, consequentemente, no fortalecimento da divulgação científica aqui no nosso estado”.
As ações dos pesquisadores são desenvolvidas com o suporte financeiro da Fapern, que oferece bolsas e custeio. Para execução das propostas que integram o Fapern Comunica foram concedidas 15 bolsas que variam de R$700 a R$1.500. O Fapern Comunica é uma das ações do Eixo 3 do Programa Estratégico de Pesquisa Aplicada em Ambientes Inovadores (PROPIN) e integra o Plano Plurianual (PPA) 2024–2027 do Governo do Estado. A proposta é ampliar o acesso ao conhecimento científico, valorizando a produção local e fortalecendo a cultura científica nos territórios do Rio Grande do Norte.