A indústria foi o setor que mais criou empregos formais em 2020, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia. Foram 207.540 novos postos de trabalho. O Brasil, como um todo, gerou 142.690 empregos. Esse dado mostra que não fosse a indústria, o saldo de empregos no país seria negativo.
Para 2021, a perspectiva de crescimento dos empregos formais na indústria, de acordo com o documento Economia Brasileira, da Confederação Nacional da Industria (CNI), é positiva, apesar do provável aumento na taxa de desemprego.
“Se conseguirmos controlar e reduzir os efeitos da segunda onda da pandemia, a atividade continuará melhorando gradativamente e, esperamos, que isso ocorra com a melhora do ambiente de negócios mais favorável, com avanços em reformas microeconômicas, como o marco do saneamento, e com reformas estruturais, como a reforma tributária”, diz o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca.
Na indústria, no ano passado, foram contratados 4,1 milhões e desligados 3,9 milhões. Dessa diferença, o saldo é positivo em 207.540 novos postos de trabalho. Os dados do Caged mostram que o setor de serviços encerrou o ano, infelizmente, com um saldo negativo de 124.460 empregos. No ano, o setor contratou 10,1 milhões de pessoas e desligou outras 10,2 milhões. Na agropecuária, foram admitidos 840.870 e 779.233 demitidos. O saldo da agropecuária é de 61.637.
Emprego na indústria tem melhor remuneração
A indústria brasileira emprega 9,7 milhões de trabalhadores e paga os melhores salários. O salário médio dos trabalhadores da indústria com ensino superior completo é de R$ 7.756. No Brasil, o trabalhador com esse mesmo perfil recebe, em média, R$ 5.887. O mesmo ocorre com os trabalhadores com ensino médio completo. Na indústria, eles ganham R$ 2.434. A média, no Brasil, caiu para R$ 2.128.