Neste sábado (8), o Corpo de Bombeiros de Pernambuco confirmou ter encontrado os corpos dos últimos desaparecidos que estavam sendo procurados nos escombros de um prédio que desabou no Conjunto Habitacional Beira-Mar, que fica no bairro do Janga, município de Paulista, Pernambuco.
Por volta de 15 horas deste sábado, foram localizados os corpos de Marcela, de 40 anos, e dos seus dois filhos, Wallace, de 10 anos, e Maria Flor, de 06 anos. De acordo com os Bombeiros, os três foram encontrados abraçados em uma cama de casal. As equipes do Corpo de Bombeiros seguem tentando localizar três animais que estavam no último andar do prédio.
Foram mais de 30 horas de buscas ininterruptas para encontrar os 14 mortos: 4 mulheres, 4 crianças, 3 homens e 3 adolescentes. Todos foram encontrados sob os escombros de oito apartamentos de um mesmo bloco que desabou totalmente — além de outros quatro de um outro bloco, que teve desabamento parcial. O fato ocorreu por volta das 6 horas da manhã, de sexta-feira (7) e foi registrado pela câmera de segurança de um estabelecimento próximo.
Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, entre as 14 vítimas, apenas o adolescente Deivison Soares da Silva, de 18 anos, chegou a ser retirado com vida pelo Corpo de Bombeiros, mas teve a morte confirmada pela equipe do Hospital Miguel Arraes, para onde havia sido encaminhado. Sua mãe, Maria da Conceição Mendes da Silva, de 43 anos, morreu no local em consequência do desabamento.
Três pessoas foram resgatadas com vida ainda na sexta-feira: uma idosa de 65 anos e duas meninas de 15 anos. A idosa e uma das adolescentes foram encaminhadas para o Miguel Arraes, que fica em Paulista. A outra adolescente está internada no Hospital da Restauração, em Recife.
A prefeitura da cidade de Paulista informou que o prédio, com 3 andares por bloco, estava condenado e já havia sido interditado pela Defesa Civil, mas continuava sendo ocupado pelos moradores. Segundo a Defesa Civil de Pernambuco, a Caixa Seguradora, uma das empresas responsáveis pelo edifício, realizou, inclusive, uma vistoria em todo o conjunto habitacional nessa quinta-feira, 1 dia antes da tragédia. A Defesa Civil de Paulista informou, ainda, que a seguradora não autoriza que o órgão vistorie os prédios, sendo necessário ações legais para que a fiscalização seja realizada.