Em evento realizado no último dia 25, em comemoração ao Dia do Carteiro e da Carteira, o presidente Fabiano Silva dos Santos confirmou que, ainda este ano, será realizado um novo concurso Correios.
“Iniciamos grupo de trabalho para discutir PCCS. Nós vamos sim realizar concurso público. Eu sei que é uma demanda, que vocês estão sobrecarregados. Mas nós não podemos realizar concurso sem planejamento. Este ano eu estou garantindo, nós vamos realizar concurso público na empresa”, disse o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.
Durante o evento, o presidente confirmou ainda as conquistas junto aos sindicatos, que garantiram o reajuste salarial e a retirada dos Correios do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do antigo Ministério da Economia, que reunia estatais a serem privatizadas.
Ainda em seu discurso, o presidente garantiu a construção de um Centro Operacional, com cerca de 40 mil m², com o intuito de melhorar as condições de trabalho e o acesso à população.
Findect questionou ausência do concurso Correios no CNU
Sem a realização do concurso Correios até o momento, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) questionou a ausência da estatal no edital unificado do Governo Federal.
Em nota divulgada no portal da própria federação, no último dia 19, o grupo reforçou que o Concurso Unificado é um passo importante para fortalecer os serviços públicos, mas que a ausência dos Correios evidencia o que a Findect destacou como uma realidade preocupante.
Sem realizar novos concursos desde 2011, a Findect reforçou o alto déficit de pessoal.
De acordo com dados do grupo, o efetivo foi reduzido de 127 mil para 80 mil, o que tem prejudicado os trabalhos, sobretudo em momentos de crescente demanda do e-commerce.
“A falta de vagas para os Correios em futuros concursos contrasta diretamente com o compromisso na importância estratégica da estatal na logística do país. Curiosamente, as agências dos Correios, presentes em todo o Brasil, serão encarregadas de receber as inscrições dos candidatos para o referido concurso, enquanto a própria empresa não será contemplada com oportunidades de contratação. Essa falta de reconhecimento expõe a discrepância entre a relevância dos serviços postais e a negligência na valorização da força de trabalho dos ecetistas”, destacou a Findect.
Cabe destacar que, na nota, o grupo não apenas questionou a ausência da empresa pública no CNU, mas também cobrou dos Correios a realização de um novo concurso e contratações urgentes.