Letramento racial: a conscientização acerca de como o racismo estrutural afeta todas as áreas da sociedade. Na medicina, a prática busca alertar que a representatividade negra ainda é pouca. É com esse objetivo que o Coletivo Antirracista da Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM) entra em ação. O grupo conscientiza os futuros médicos que estudam na unidade, promovendo a educação racial e a luta pela igualdade.
O coletivo atua dentro da Escola Multicampi. A partir de oficinas presenciais e online, o grupo produz materiais como cartilhas, focando na educação antirracista.
De acordo com Fernando Ferreira, professor convidado da Escola Multicampi, o projeto busca combater as desigualdades encontradas por pessoas negras ao buscar atendimento médico. “A grande maioria da população do Brasil, que é negra, não tem uma atenção cuidadosa e equitativa, assim como garante o SUS”, declara. O docente destaca que essa população sofre da carência de serviços de saúde e que doenças que são mais comuns em pessoas negras não recebem a atenção necessária.
O plano é expandir o projeto para além da Escola Multicampi e produzir uma cartilha antirracista para ser divulgada fora da Universidade. “A proposta é isso, trazer outras óticas, outras possibilidades e trazer à tona problemas estruturais no nosso país”, afirma o professor. “A nossa proposta é que a saúde possa chegar nessa população que está marginalizada”, declara Fernando.