Ceres promove a popularização do conhecimento por meio de ações de extensão

 O Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), em Caicó, é a maior unidade da UFRN no interior, com 1.805 alunos entre graduação e pós. Portanto, a unidade exerce um amplo impacto no município e no Rio Grande do Norte por meio de seus 47 projetos de extensão, que focam em áreas como geografia, história e educação.

Levar a ciência produzida no Ceres para o público é o objetivo do projeto Divulgação científica e comunicação popular no Semiárido, coordenado pelo professor Leandro Cavalcante. Por meio de um perfil no Instagram, são feitas publicações que buscam popularizar a geografia, a cultura e a história do Semiárido. Com 12 mil seguidores, é uma das maiores páginas de divulgação científica da UFRN.

O perfil Semiar promove a educação sobre o Semiárido e sobre a geografia. Foto: Semiar/Ceres

Já o projeto Transição agroecológica e economia solidária no Seridó potiguar, também coordenado por Leandro Cavalcante, visa promover ações de extensão que contribuam com o trabalho das mulheres camponesas do Seridó. São realizados cursos e encontros formativos com os grupos de mulheres, principalmente dos municípios de Lagoa Nova e de Bodó. Além disso, são elaborados documentários e cartilhas sobre o trabalho das agricultoras. O projeto também promoveu um curso de extensão sobre Gênero e Economia Solidária que alcançou cerca de 400 participantes. “A extensão é uma importante ferramenta que evidencia o compromisso social da universidade, ao dialogar com as diferentes esferas da sociedade”, afirma o docente.

O projeto Leitura e escrita de memórias literárias em diálogo com memórias de idosos da região do Seridó coleta experiências de idosos seridoenses. A equipe, coordenada pelo professor Ilderlândio Andrade, realiza entrevistas com idosos, principalmente aqueles com vivências relacionadas ao racismo e à resistência.

Os relatos são compartilhados em escolas de Ensino Fundamental por meio de ações que promovem o debate sobre os temas levantados. Os alunos são, então, incentivados a produzir textos baseados nas entrevistas, estimulando, também, a prática da retextualização.

Ação do projeto numa escola de Ensino Fundamental. Foto: Joyce Medeiros

“O principal impacto do projeto está na formação dos alunos sobre questões raciais”, afirma Ilderlândio. O professor destaca, também, o papel da ação no incentivo à leitura e à escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

“A extensão acadêmica é uma instância determinante para a continuidade do desenvolvimento do Ceres”, afirma Diego Salomão, diretor da unidade. Para o professor, os projetos aproximam a universidade das comunidades de Caicó e região, além de proporcionar a troca de conhecimentos científicos e culturais para os alunos.

Continuar desenvolvendo e evoluindo os projetos de extensão é uma das metas da UFRN, representada pelo indicador 15 do Plano de Gestão 2023-2027.

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