Terceira maior causa de mortes naturais no Brasil, o diabetes atualmente acomete ao menos 13 milhões de pessoas no país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes. Caracterizada pela incapacidade do organismo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, hormônio responsável pelo controle do nível de glicose no sangue, a doença pode levar a graves complicações se não for devidamente tratada.
Por outro lado, é possível conviver com diabetes e levar uma rotina relativamente normal, desde que os tratamentos recomendados sejam seguidos e uma alimentação saudável faça parte do cotidiano. Ainda assim, a busca para melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença e para evitar que ela seja adquirida movimenta o meio científico a todo o momento.
Assim, um estudo, realizado pelo grupo de pesquisa Plasticidade Morfofuncional dos Sistemas Orgânicos. Microscopia Celular e Tecidual, evidenciou que a substância s-metil cisteína pode amenizar os efeitos danosos da diabetes no intestino. O aminoácido está presente em vegetais do gênero allium, como o alho (Allium sativum) e a cebola (Allium cepa L), e sua atuação no organismo foi descrita em um artigo.
Intitulado Sulfóxido de S-metil cisteína melhora as alterações morfológicas duodenais em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina, o trabalho foi publicado recentemente, recebendo destaque na capa em edição impressa do periódico científico Tissue and Cell. Concluída a fase pré-clínica, os pesquisadores vão investigar outros fatores e preparar o caminho para testes com pacientes diabéticos.