Caso Fantone: “Comia na minha mesa”, lembra mãe de jipeiro assassinado pelo amigo no litoral do RN

A mãe de Fantone Henry Filgueira Maia, dona Fátima Maia, falou com a reportagem da TV Tropical no primeiro dia do julgamento de Ailton Berto da Silva, acusado pela morte de Fantone. De acordo com ela, o filho e o réu eram muito amigos e nunca tinham brigado.

“Abraçava o Ailton, ele jogava com meu esposo, comia na minha mesa, abraçava, beijava ele. Eram amigos demais. Nunca imaginei que isso fosse se transformar numa batalhão tão triste”, afirmou Fátima Maia.

De acordo com ela, após quase quatro anos, a dor é a mesma e os reflexos do crime brutal seguem fortes. “Tenho de ser forte para dar apoio a minha neta, que ficou com depressão muito forte. Não tem dinheiro que pague a vida do meu filho. Eu sei que ele não volta mais. Espero que a justiça seja feita”, completou.

Uma tia de Fantone também falou sobre o jipeiro. “Ele era muito bom para mim, para minha mãe, que é a avó dele. Depois da morte dele, hoje ela está de cama, chora direto. Tem acompanhamento de todo tipo de médico, quase não anda mais”, pontuou Maria Filgueira.

Ela acrescentou sobre o impacto do crime na vida da família. “Ailton não matou só Tone [como era carinhosamente chamado]. Tirou um pedaço de toda a nossa família”, encerrou.

O julgamento de Ailton foi iniciado nessa segunda-feira (23) e deve durar até a quarta-feira (25). Ele deve ser ouvido nesta terça-feira (24). O juri é realizado no Fórum Desembargador Francisco Lima, na cidade de Extremoz.

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