Sesap divulga novo boletim epidemiológico das arboviroses no RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta terça-feira (29), o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 10, encerrada em de 12 de março de 2022. O boletim traz um panorama do cenário epidemiológico das arboviroses nesse início de ano, comparando os dados com os registrados no mesmo período de 2021.

No que diz respeito à dengue, foram notificados, até a Semana Epidemiológica 10, 1.754 casos suspeitos de dengue no RN, dos quais 229 foram confirmados, 1.252 casos considerados prováveis, 502 descartados e um óbito em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 35,16 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Uma comparação entre os mesmos períodos de 2022 e 2021 aponta para um aumento no número de casos confirmados de dengue: neste ano até a Semana Epidemiológica 10, ocorreram 229 confirmações para dengue, enquanto em 2021 foram 179.

Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 10, 787 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 148 casos, 710 casos considerados prováveis, 77 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 19,94 casos prováveis por 100.000 habitantes. Em 2021, no mesmo período foram notificados 303 casos, o que indica um aumento nas notificações de Chikungunya em 2022.

Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 1 e 10 de 2022 no RN, foram notificados 153 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 15 casos, 130 casos considerados prováveis, 23 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 3,65 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Com relação a casos de Zika em gestante, houve sete notificações em 2022, mas nenhum caso foi confirmado, por critério laboratorial. O quantitativo de casos de Zika em gestantes é destacado na análise do cenário epidemiológico, devido à capacidade do Zika Vírus provocar microcefalia ou alterações no sistema nervoso central do feto gestado.

“Em relação a todas as arboviroses, observamos em 2022 um aumento nos números em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os três agravos, predominam as notificações de dengue. Em 2021, percebemos que as notificações ocorriam muito na Região do Trairi (5ª Região de Saúde), porém, neste ano, as notificações estão maiores na Região Agreste, onde se situa a 1ª Região de Saúde, bem como na Região do Seridó, que corresponde à 4ª Região de Saúde”, informou Silvia Dinara, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.

Os municípios que apresentaram maior incidência de dengue foram Passa e Fica, Santo Antônio, Serrinha e Várzea (1ª Região de Saúde) e Jardim do Seridó e Parelhas (4ª Região de Saúde). Em relação à Chikungunya, a predominância da notificação de casos também ocorreu em Passa e Fica, Santo Antônio, Serrinha, Várzea e Jardim do Seridó. Quanto à Zika, destacaram-se nas notificações os municípios de Santo Antônio e Várzea, além de Guamaré, pertencente à 3ª Região de Saúde.

No Rio Grande do Norte, foi detectada a circulação dos sorotipos 1 e 2, que, em alguns municípios, ocorrem simultaneamente.

Prevenção

A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses:

· Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;

· Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;

· Não coloquem lixo em terrenos baldios;

· Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;

· Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;

· Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;

· Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;

· Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Confira abaixo o boletim epidemiológico das arboviroses no RN na íntegra.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES nº 012022

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