A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 ocorre no próximo domingo (3/10), para 4,3 milhões de inscritos confirmados. Ao todo, são cerca de 10 mil salas de aplicação em 1.753 municípios de todos os estados e o Distrito Federal. Além disso, aplicação do exame envolve cerca de 9 milhões de provas impressas, 18 cadernos de provas diferentes e mais de 300 mil colaboradores.
“É uma operação realmente gigantesca. Chega a ser impressionante os recursos que se mobilizam em todo o país. Tudo é feito com um objetivo único: assegurar que todos tenham condições de fazer o Enem na data programada, no local programado para realizar seus sonhos e as suas aspirações na educação brasileira”, afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios, ao programa A Voz do Brasil desta terça-feira (29/10).
Neste ano, o Enem teve 4.325.960 de inscrições confirmadas. O número representa um aumento de quase 10% em relação a 2023. De acordo com o presidente do Inep, houve um esforço concentrado para trazer os alunos que estão terminando ensino médio para a participação no exame.
“Uma boa parte desses novos inscritos vieram dos que estão concluindo o ensino médio esse ano. Houve um esforço muito grande do ministério da Educação, de entrarmos em contato com todas as secretarias de educação, mobilizarmos os secretários e, com isso, conseguimos chegar às escolas. Isso para não falar no Pé-de-Meia que também vem sendo uma política muito bem sucedida para levar o estudante até o final do ensino médio e, portanto, com condições de participar do Enem, além de um incentivo específico para participar da prova e, assim, postular seu ingresso na educação superior”, explicou Palacios.
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Entre os inscritos, a maior parte é de participantes que já terminaram o ensino médio (1,8 milhão). Além disso, outras 841.546 (19,4%) inscrições são de estudantes do 1º ou 2º ano e 24.723 (0,6%), de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos (treineiros).
A maior parte tem 16 anos de idade ou menos (35,6%), seguida pela faixa etária de 17 anos (21,7%) e pelo grupo que possui entre 21 e 30 anos (14,8%). Os participantes com 18 anos correspondem a 9,8%. As pessoas de 31 a 59 anos são 8,1%. Já quem tem 19 anos representa 5,7%. A faixa de 20 anos concentra 3,9% do total e os maiores de 60 anos, 0,2%.
As mulheres são maioria entre os inscritos – equivalem a 60,59%, enquanto os homens representam 39,41%. Com relação à declaração de raça e/ou cor dos candidatos, a maioria se reconhece na cor parda (1.860.766), seguida da branca (1.788.622) e preta (533.861). Outros 62.288 se consideram da cor amarela e 29.891 se declararam indígenas. Mais de 50 mil participantes não declararam raça ou cor.
Transparência
Nesta edição do exame, o MEC e o Inep apresentaram uma novidade: o Painel Enem 2024. A plataforma permite o acesso aos principais dados do exame, como números e tipos de inscrições, perfis dos participantes e sua situação em relação ao ensino médio, entre outros. É possível, ainda, filtrar os dados gerais de acordo com os recortes disponíveis (basta clicar no campo e todas as informações do painel serão filtradas), além de visualizar números em nível municipal. Confira a ferramenta aqui.
Provas
Nos dois dias de provas, os participantes do Enem respondem a perguntas de quatro áreas de conhecimento, que, ao todo, somam 180 questões objetivas. O cartão de confirmação de inscrição está disponível na Página do Participante do Enem 2024.
Em 3 de novembro, as provas são compostas por: 45 questões de linguagens (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação); mais 45 questões de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). Os participantes também devem redigir uma redação de 30 linhas.
Em 10 de novembro, as 90 questões objetivas estão divididas em 45 itens de ciências da natureza (química, física e biologia) e matemática.
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de 20 anos de existência, o exame se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni), além do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).