O presidente Lula e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, comemoraram nesta segunda-feira (21/10) o salto da indústria de transformação brasileira no ranking mundial de produtividade.
Em um ano, o Brasil subiu 30 posições, passando de 70º para o 40º lugar entre 116 países. O levantamento tem como base informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e foi realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A produção da indústria da transformação cresceu 2,9% entre os meses de abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Pelas redes sociais, o presidente Lula destacou as ações do Governo Federal que levaram ao resultado. “Em um ano, subimos 30 posições no ranking de produção industrial entre 116 países. Resultado da política de incentivo aos investimentos, da estabilidade política e econômica, e do retorno do Brasil aos mercados internacionais. Alguns chamam de sorte, mas é só trabalho duro”, comentou o presidente.
“A ONU (Organização das Nações Unidas) tem um organismo chamado Unido, é a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial. O Brasil ganhou do ano passado para este ano 30 posições. Nós éramos na ONU o 70º. Baixamos para 40º. Ganhamos 30 posições no crescimento industrial”, disse Alckmin em um evento na noite de segunda-feira (21/10)
A indústria de transformação é responsável por converter matéria-prima em produtos finais ou intermediários para outras indústrias. São exemplos desse ramo a indústria automobilística, metalúrgica e siderúrgica, petroquímica, farmacêutica, alimentícia e de vestuário.
Nova Indústria Brasil e a LCD
Durante participação em um programa do canal por assinatura CNN Brasil, em que se debatia o futuro da saúde, Alckmin destacou o salto da política industrial no geral, e dos investimentos no Complexo Industrial da Saúde em particular. O setor, observou o vice-presidente e ministro do Mdic, será importante para o crescimento sustentável do país.
“Nós lançamos um programa chamado Nova Indústria Brasil. São seis missões (confira ao final). A missão número 2 é a Complexo Industrial da Saúde. O setor responde por 10% do PIB brasileiro e por 20 milhões de trabalhadores, entre empregos diretos e indiretos”, disse.
“A Nova Indústria Brasil é uma indústria inovadora. E um terço da pesquisa científica é na saúde, ela está na vanguarda da inovação – inovadora, sustentável, descarbonizada e competitiva. E uma boa notícia: vai ser lançada agora em outubro a LCD, a Letra de Crédito do Desenvolvimento”, informou o vice-presidente.
“Já tem a LCA (agrícola), a LCI (imobiliário) e vai ter a LCD – comércio, serviços e indústria. Isso é crédito mais barato, e não é governo, é mercado. E quem comprar o título, pessoa física, não paga importo sobre o rendimento. Pessoa jurídica tem uma redução de 25% para 15%. E esse benefício é direto para o tomador, para estimular não só o Complexo Industrial da Saúde, mas toda área de comércio, serviços e indústria.”
Nova Indústria Brasil – Missões para o período de 2024 a 2033:
1 – Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais
- aumentar para 50% participação da agroindústria no PIB agropecuário;
- alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
- fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.
2 – Forte complexo econômico e industrial da saúde:
- atingir 70% das necessidades nacionais na produção de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.
3 – Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis:
- diminuir em 20% o tempo de deslocamento de casa para trabalho;
- aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.
4 – Transformação digital da indústria:
- digitalizar 90% das indústrias brasileiras;
- triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.
5 – Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas:
- cortar em 30% emissão de gás carbônico por valor adicionado do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria;
- elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
- aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.
6 – Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais:
- autonomia de 50% da produção de tecnologias críticas para a defesa.
Recursos para financiamentos
R$ 300 bi até 2026
• Crédito: R$ 271 bi
• Não reembolsáveis: R$ 21 bi
• Equity (investimentos na bolsa de valores): R$ 8 bi
Fonte dos recursos: BNDES, Finep e Embrapii
• Desse total, R$ 77,5 bi (28%) aprovados em 2023
EIXOS – Indústria mais produtiva, mais Inovadora e digital, mais exportadora, mais verde