Em Caicó, governadora afirma importância da preservação da cultura popular

A governadora professora Fátima Bezerra participou da missa de encerramento da Festa de Sant´Ana, padroeira de Caicó, celebrada na Catedral de Sant´Ana, neste domingo (1°).

A cerimônia foi presidida pelo bispo diocesano Dom Antônio Carlos Cruz Santos, concelebrada pelo pároco Padre Alcivan Tadeus Gomes de Araújo e por vários padres. Este ano, devido à pandemia da covid-19, as celebrações tiveram a lotação da catedral restrita e substituição da passeata por carreata.

“É com sentimento de união, solidariedade e esperança que venho pedir a Sant’Ana saúde e dias cada vez melhores para o povo potiguar”, disse a chefe do Executivo estadual. Ela destacou também a necessidade de valorizar a cultura e o saber popular, inclusive como estabelecimento e preservação da identidade dos povos. “A festa foi adequada para o momento em que estamos vivendo, mas sonhamos que nos próximos anos a celebração volte ao seu formato tradicional, reunindo fiéis e famílias para um dos maiores eventos religiosos do RN, considerada um patrimônio cultural do nosso estado.”

A celebração é realizada anualmente em Caicó/RN e ocorre há 273 anos. Tradicionalmente recebe milhares de devotos, romeiros e peregrinos que vêm a Caicó no mês de Sant’Ana – julho. Sant’Ana é considerada a mãe de Maria e avó de Jesus Cristo.

Em todo o RN, Sant’Ana é a padroeira oficial em sete municípios do Rio Grande do Norte: Caicó, Campo Grande, Currais Novos, Luís Gomes, Santana do Matos, Santana do Seridó e São José de Mipibu.

Dom Antônio disse que “é preciso sempre ler a realidade. O Brasil voltou ao mapa da fome. São 19 milhões de pessoas que passam fome. Um escândalo que viola direitos humanos básicos, como disse o Papa Francisco em referência à fome no mundo.”

O bispo diocesano afirmou que a pandemia da covid-19 é muito dolorida e nos remete a questionar:” qual o sentido da vida? O que é relativo na vida? Perdemos coisas simples como o abraço. Qual o valor do abraço? Voltamos ao conflito entre fé e ciência que está superado e remete ao século 16. A ciência também é de Deus e nos dá a chance de salvar a vida. Fé e razão devem dialogar, não conflitar”.

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