Nos dias 19 e 20, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou ações preventivas no Amazonas, com o objetivo de conscientizar a população sobre os cuidados necessários durante o período de estiagem severa, queimadas e baixa qualidade do ar.
Foram discutidas ações voltadas especialmente para os territórios indígenas do estado, além da avaliação da capacidade de assistência à população local. Também foi realizada visita técnica à Casa de Saúde Indígena (Casai), em Manaus.
A Secretária Estadual de Saúde do Amazonas, Nayara Moraes, entregou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio para enfrentar a estiagem, destacando a necessidade de reforço logístico para as áreas afetadas. No estado, 1,5 mil comunidades estão isoladas por causa da seca e das queimadas.
Foto: Abel Rabelo/MS
“Identificamos a necessidade de apoio logístico para a entrega de água e alimentos, além de assistência à saúde. O mapeamento das áreas mais afetadas será apresentado em breve”, afirmou Juliana Lima, enfermeira e coordenadora da ação da Força Nacional do SUS.
O Ministério da Saúde intensificou as medidas de apoio aos estados e municípios afetados pela crise climática, que tem gerado necessidades graves de auxílio humanitário, como a distribuição de água e alimentos.
Além do Amazonas, na última semana o Acre também recebeu equipes da Força Nacional do SUS. Lá, foram realizadas visitas técnicas, assistência em comunidades ribeirinhas, avaliação de dados epidemiológicos e pactuação de ações com os governos estaduais e municipais.
Foto: Abel Rabelo/MS
Próximas ações
Na próxima semana, as equipes da Força Nacional do SUS estarão em Rondônia para mapear a situação no estado.
O Ministério da Saúde tem prestado apoio a estados e municípios afetados pelas queimadas e pela seca extrema. O principal objetivo é monitorar a capacidade de assistência e elaborar planos de resposta em caso de emergência de saúde pública. Nesta semana, o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, voltou a afirmar que mitigar os efeitos das queimadas é “prioridade”.
Cerca de 10% dos municípios amazonenses estão isolados, como Benjamin Constant, onde não é mais possível a remoção de pacientes por via fluvial — a única forma de acesso à cidade.
“A ministra da Saúde determinou a mobilização da Força Nacional do SUS. Viemos entender melhor as questões e conhecer a rede de assistência do Amazonas”, comentou Massuda.