A diretora do Centro de Educação em Tecnologias Clóvis Motta (SENAI/CTCM), Amora Vieira, representou a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) no seminário “Diálogos Exporta Mais Brasil – Moda Praia”, realizado pela Apex Brasil, nesta terça-feira (20), na Governadoria do Estado. O objetivo do evento foi sensibilizar lideranças locais e empresas para a importância da cultura exportadora, ampliar a participação de mulheres no comércio exterior e mostrar oportunidades de expansão do comércio.
Em sua fala na cerimônia, a diretora destacou o trabalho do SENAI Clóvis Motta na formação de profissionais no segmento da indústria têxtil no RN. “Minha fala aqui hoje, enquanto representante da indústria, é para afirmar que vamos intensificar nosso foco na formação de pessoas que compõem a indústria têxtil, de moda e confecção de modo geral. Precisamos olhar para o Nordeste e para o potencial que temos no estado”, disse.
O SENAI-RN tem formado técnicos e profissionais que contribuem para a evolução das indústrias têxtil e de confecções, além de outras empresas que integram o mercado da moda no Estado. A atração de empresas deste segmento, como forma de fortalecer o setor, com foco nas oficinas de confecção da região Seridó do RN, tem sido uma das principais pautas da gestão do presidente da FIERN, Roberto Serquiz.
“Enquanto Federação das Indústrias e SENAI-RN, nosso papel se fortalece. Tenho certeza de que, daqui em diante, vamos estruturar ainda mais esse tema dentro da instituição e servir como ponte para pessoas que desejam empreender e conhecer o trabalho da Apex Brasil”, complementou Amora Vieira.
Encerrando o evento, a governadora do RN, Fátima Bezerra, ressaltou a importância dos programas de incentivo governamentais e das oficinas de costura do estado, aliadas às grandes empresas potiguares do setor têxtil, como Guararapes e Vicunha, para a economia. “Entendemos que este não é apenas um evento de negócios; ele representa a concretização de uma visão de futuro que valoriza nossas potencialidades regionais e coloca o Nordeste no centro da discussão sobre o comércio exterior e o desenvolvimento industrial do nosso país”, destacou.
O presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, reconheceu a importância do RN para a economia brasileira em termos de exportações, destacando a relevância da indústria têxtil no estado. Ele ressalta os principais itens exportados pelo RN, com destaque para frutas como mamão, melão e manga. “O Rio Grande do Norte está sempre disputando o terceiro ou quarto lugar em exportação de frutas”, disse.
O superintendente regional do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, comentou que o apoio às micro e pequenas empresas potiguares é fundamental para movimentar a economia. “É uma felicidade para o Sebrae ver a Apex ao lado das pequenas empresas brasileiras e do Rio Grande do Norte no segmento de moda”, ressaltou.
O evento contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Silvio Torquato; do secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca; do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha; do secretário-adjunto de Trabalho, Habitação e Assistência Social, Adriano Oliveira; do deputado estadual Fernando Mineiro; da presidente da Agência de Fomento do RN, Márcia Maia; da superintendente dos Correios no RN, Jaqueline Costa; da secretária executiva da Fazenda, Jane Carmen; do diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio; e de Fernando Virgílio, representando a Fecomércio-RN.
Diálogos sobre Moda Praia e Exportação
O seminário faz parte da nova edição do programa Exporta Mais Brasil: Rodada de Negócios de Moda Praia, promovida pela Apex Brasil, que ocorre esta semana, em Natal, desta terça (20) até o dia 23 de agosto. Nele, empresários e empresárias brasileiras do setor de moda praia terão a oportunidade de realizar negócios diretamente com compradores internacionais de quatro continentes.
O evento começou com a participação da gerente de competitividade da Apex Brasil, Clarice Furtado, e de Fernanda Zanoto, CEO e designer da Zant, que falaram sobre os desafios e oportunidades de exportação no Brasil, além da importância do planejamento estratégico para a construção de marcas. “Há muitas oportunidades para conhecer os serviços da Apex Brasil”, disse a gerente.
O gerente de inteligência da Apex Brasil, Igor Celeste, e Lilian Cadice, da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), conversaram sobre o cenário desta indústria no país, além de detalhar oportunidades de exportação e a importância de agregar valor ao produto final exportado, em vez de focar apenas na matéria-prima.
De acordo com a representante da associação, o setor têxtil é composto por mais de 95% de micro e pequenas empresas. Ela destacou o papel do RN nesse setor e a participação feminina nesses negócios. “O RN é um estado importante para o nosso setor, mas podemos avançar ainda mais”, afirmou.
Auria Yamashita, gerente executiva da Associação Brasileira dos Estilistas (ABEST), falou sobre a internacionalização de estilos e design de moda, detalhando o modelo de negócios dos designers em relação à exportação, bem como oportunidades no comércio eletrônico. “Temos muito a oferecer com nossos designs para outros países”, finalizou.
Realizada pela Apex Brasil, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a iniciativa conta com o apoio do Governo do Rio Grande do Norte, Sebrae, FIERN e Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).
Exporta Mais Brasil
Liderado pela Apex Brasil, o programa Exporta Mais Brasil tem o objetivo de conectar o comércio exterior a empreendedores de todo o país, buscando uma aproximação ativa com todas as regiões brasileiras para potencializar suas exportações. Por meio do programa, empresas de diferentes setores produtivos realizam reuniões com compradores internacionais, que vêm ao Brasil em busca de produtos e serviços ligados a setores específicos.
Desde o lançamento em 2023, o Exporta Mais Brasil completou 22 rodadas pelo país, dedicadas a diferentes setores produtivos. Foram cerca de cinco mil reuniões de negócios entre mais de 730 empresas brasileiras e mais de 240 compradores internacionais de 63 países, com uma expectativa de geração de negócios que deve ultrapassar R$ 469,5 milhões.