O Ministério da Saúde reforça a necessidade da vacinação contra a gripe para evitar o contágio da doença em abrigos no Rio Grande do Sul. O estado, que enfrenta uma calamidade pública após severas enchentes, possui cerca de 830 abrigos. A pasta já garantiu 1,2 milhão de doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatites A e B, coqueluche, meningite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola, raiva e picadas de animais. Os imunizantes estão disponíveis nos abrigos, além das unidades de saúde em funcionamento.
Nesta quarta-feira (15/5), a ministra Nísia Trindade esteve no Rio Grande do Sul com o presidente Lula e reforçou que não faltará vacina e medicamentos para a população.
“Além disso, começamos a analisar propostas para a reconstrução das cerca de 300 Unidades Básicas de Saúde que foram praticamente destruídas”, disse a ministra
O Ministério da Saúde vai enviar, ainda, 200 caixas térmicas de alta qualidade e 4,8 mil bobinas de resfriamento para a estrutura de imunização no estado.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, ressalta que a vacinação é fundamental para que a população esteja protegida. A atenção ficou maior sobre a doença após a queda das temperaturas no estado. “As vacinas chegaram e estamos mantendo o abastecimento”, afirma.
As doenças de transmissão respiratória são agravadas em ambientes fechados e com maior número de pessoas. Mesmo aquelas que estão em casa podem adoecer, mas o alerta maior é para a população que está em abrigos.
Estrutura
O Ministério da Saúde iniciou os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre na terça-feira (14/5). A estrutura funciona 100% com recursos da Força Nacional do SUS e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos. A unidade recebe pacientes 24h e tem capacidade para 150 atendimentos diários.
Com a abertura do hospital, o Ministério da Saúde passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Além destes, um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.
“Temos dois hospitais funcionando. Nos próximos dias, já temos a instalação da unidade de São Leopoldo e vamos definir a localização de um quarto hospital. Temos um comitê que acompanha o que acontece aqui no Rio Grande do Sul”, explica Felipe Proenço.
Atendimentos
Entre 5 de maio, início da operação, e esta quarta-feira, foram realizados 1.779 atendimentos pelas equipes da Força Nacional do SUS. Somente o hospital de campanha de Canoas realizou 1.176 atendimentos. As equipes volantes receberam 575 pessoas. Houve, ainda, 68 atendimentos psicossociais e 28 remoções aéreas.