O cheiro que vem da cozinha é bom, mas os pratos ainda não chegaram todos à mesa. Com expectativa em torno do fim do processo de venda dos polos Bahia Terrestre, Alagoas e Potiguar pela Petrobras, a entrada de novos investidores na produção de petróleo em terra no Rio Grande do Norte já triplicou junto com os serviços mensais relacionados ao setor no estado.
Apenas o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no RN (SENAI RN) especializada em formação de mão de obra qualificada e na prestação de serviços para a indústria, registrou incremento de até 200% na demanda dos laboratórios em 2020. Já é um belo tira-gosto.
“E a previsão em 2021, num horizonte maior, é de mais expansão”, assegura Rodrigo Mello, diretor do Centro.
O aquecimento, segundo ele, tem sido percebido especialmente no monitoramento de qualidade do gás dos poços e em serviços metrológicos de equipamentos envolvidos na produção, a exemplo da calibração de equipamentos de pressão e temperatura.
As análises são obrigatórias para as empresas e precisam ser realizadas periodicamente por exigência da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Investimos mais de meio milhão de reais no nosso laboratório de qualidade do gás para atender contratos com novas empresas como resultado da desmobilização dos ativos da Petrobras, do investimento dos novos players no processo de produção”, acrescenta Rodrigo.