Quase 70 milhões de pessoas não terminaram a Educação Básica no Brasil e estão fora da escola. Por outro lado, o país avançou no ensino em tempo integral e na presença de crianças em creches e na pré-escola. Os dados do Censo Escolar foram apresentados nesta quinta-feira (22).
O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu programas para garantir a formação na idade certa, que pode ajudar a reduzir o abandono escolar.
Com relação aos brasileiros que saíram da escola antes do tempo, o ministro falou de uma proposta para atraí-los para a educação de jovens e adultos.
“Temos aí um passivo, que precisamos resolver. Nós vamos apresentar, em breve, uma política mais integrada que envolva principalmente os adultos, com a qualificação profissional, que é uma forma de você atrair a pessoa pra concluir os estudos, se alfabetizar, a garantir uma profissão”, pontua o ministro.
O Brasil se aproximou das metas do Plano Nacional de Educação na oferta de escolas em tempo integral e nas matrículas na creche e na pré-escola.
Nas creches, as matrículas alcançaram 4 milhões e 100 mil crianças no ano passado. O plano estabelece que metade das crianças até três anos estejam na creche no fim de 2024, o que seria algo em torno de 5 milhões de matrículas.
Na pré-escola são cinco milhões e trezentas mil crianças, de 4 e 5 anos, matriculadas, dado comemorado pelo diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, uma vez que, segundo ele, os números se aproximam da universalização de pré-escolas.
Hoje, o Brasil tem 21% das matrículas da educação básica em tempo integral nas escolas. A meta no Plano Nacional de Educação é de 25%. Ceará, Piauí e Maranhão lideram.