O programa Minha Casa, Minha Vida passou por atualizações recentes que devem beneficiar milhares de famílias que sonham em conquistar a casa própria. Desde o ano passado, o projeto gerenciado pelo Ministério das Cidades passou a atender um número maior de cidadãos da classe média.
Conforme previsto no orçamento federal, o governo destinou R$ 13,7 bilhões para o programa em 2024, um aumento considerável de 41% em relação ao ano passado. O forte investimento demonstra o compromisso da gestão atual com a habitação popular.
Minha Casa, Minha Vida para a classe média
Uma das novidades mais expressivas foi a expansão das condições especiais para além da população de baixa renda, alcançando também a classe média. Segundo classificação do Ipea, a classe média é formada pelos brasileiros com renda domiciliar mensal entre R$ 5.037,94 e R$ 10.075,88.
O Minha Casa, Minha Vida beneficia três faixas de renda, que contemplam até o limite de R$ 8.000 mensais em área urbana ou R$ 96 mil em áreas rurais. Confira a tabela:
Área urbana
- Faixa 1: renda mensal de até R$ 2.640
- Faixa 2: renda mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400
- Faixa 3: renda mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000
Área rural
- Faixa 1: renda anual de até R$ 31.680
- Faixa 2: renda anual de R$ 31.608,01 a R$ 52.800
- Faixa 3: renda anual de R$ 52.800,01 a R$ 96.000
Na faixa 3, é possível financiar imóveis de até R$ 350 mil pelo programa, mas não há subsídio para a entrada do imóvel. Contudo, os beneficiários podem aproveitar taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado.
O subsídio é a parte do financiamento quitado pela União, podendo chegar a 95% para famílias com menos renda. Em 2023, o teto do subsídio no valor de entrada do imóvel para as famílias das faixas 1 e 2 subiu de R$ 47,5 mil para até R$ 55 mil.
Além de sua importância para garantir habitação aos brasileiros, o programa é de grande relevância para o setor de construção civil, sobretudo o segmento focado em baixa renda.