A superlotação no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal tem gerado consequências alarmantes resultando em impactos negativos no atendimento de urgência e emergência. A situação crítica tem desencadeado uma série de problemas em outros setores da saúde, incluindo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU.
Devido à indisponibilidade de leitos no hospital, as macas das ambulâncias estão sendo utilizadas como leitos para os pacientes. De acordo com o Coordenador do Samu Natal, Cláudio Macedo, na madrugada desta quarta-feira (16), oito ambulâncias ficaram paradas e 21 macas retidas, impossibilitando temporariamente o atendimento a novos chamados de emergência.
“Isso prejudica muito o tempo resposta de atendiemento à população. Você mede o tempo de chegada de uma viatura o mais rápido possível, porém você fica limitado porque as nossas macas estão servindo como leito. Eu tenho macas que ficam com pacientes até 48horas retida”, disse Cláudio.
Os pacientes que conseguem chegar ao Walfredo Gurgel também relatam graves problemas internos, como a falta de maqueiros disponíveis para auxiliar no transporte. Além disso, pacientes com mobilidade reduzida enfrentam enormes desafios de acessibilidade. Uma paciente com problemas na coluna precisou de uma cadeira de rodas, que foi providenciada por familiares, mas sem os equipamentos necessários para um transporte seguro e adequado.
Apesar de uma decisão judicial para esvaziar os corredores do Hospital Walfredo Gurgel, a situação continua alarmante. Pacientes permanecem nos corredores do hospital de urgência e emergência, comprometendo a qualidade e a eficácia do atendimento. Mesmo com leitos extras adicionados ao pronto-socorro e a outros andares, a demanda ainda excede a capacidade disponível, colocando em risco a vida e o bem-estar dos pacientes.