Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) iniciaram uma greve nesta quarta-feira (05). As reivindicações da categoria são reajuste salarial, concurso público para o departamento, programa de incentivo à qualificação e reajuste no auxílio alimentação.
“São esses quatro pontos apenas e que estamos tentado negociar desde março, que é nossa data base, e não conseguimos. O governo não apresenta proposta concreta. Então, a categoria decidiu ir para a greve”, explicou Alexandre Guedes, membro do sindicato que representa a categoria.
De acordo com ele, os servidores contestam as justificativas do governo estadual para não conceder o reajuste. “Uma é dizer que nenhuma categoria teve reajuste. Não é verdade. Identificamos umas seis categorias que tiveram. Outra é que não há recurso no estado”, assegurou.
O representante dos servidores afirmou ainda que o estado teve aumento de arrecadação nos últimos anos, de acordo com o Dieese, e que a arrecadação do próprio Detran ficou em média em R$ 221 milhões, ao mesmo tempo em que a folha ocupa apenas 22%. “Então, não procede essa informação de não ter dinheiro”, acrescentou.
A greve afeta a prestação de serviços por parte do órgão. Usuários que tinham atendimentos agendados chegaram à unidade e encontraram os portões fechados. A assessoria de imprensa do Detran informou que a direção ainda está avaliando os impactos da greve nos serviços.
“A gente orienta que o usuário faça o reagendamento. Os serviços do Detran estão parados. Por mais que tenha uma clínica privada que faça os exames, o processo vai passar pelos setores e os servidores estão na greve, inclusive para melhorar o atendimento ao público”, disse Alexandre Guedes.
O membro do sincato ainda pontuou que “o órgão está defesado de gente”. Segundo ele, o “processo de terceirização é muito violento. O governo que disse que iria valorizar o serviço público, na verdade está privilegiando os empresários”, completou.
Não há previsão para o encerramento da greve.