Depois do lançamento da vacina contra a Covid-19, a Pfizer está concentrada em um medicamento para interromper a infecção provocada pelo novo coronavírus em pacientes que estejam na fase inicial da doença. A pílula, chamada até aqui de PF-07321332, seria indicada para o tratamento imediato logo que os primeiros sintomas se manifestassem.
A pílula pertence a uma classe de medicamentos chamados inibidores de protease. A molécula que está sendo testada foi formulada para atacar o vírus Sars-CoV-2 e impedir que ele se replique no nariz, garganta e pulmões, bloqueando a enzima que o vírus usa para fazer cópias dentro das células humanas, segundo informações obtidas pelo jornal The Telegraph.
A empresa afirma que a terapia oral poderia ser prescrita “ao primeiro sinal de infecção”, antes que os pacientes sejam hospitalizados ou precisem de cuidados intensivos.
Dafydd Owen, diretor de Química Medicinal da Pfizer, já havia afirmado durante um simpósio da Divisão de Química Medicinal em março deste ano que a pílula antiviral fora desenvolvida “do zero”, pela empresa, durante a pandemia.
O estudo clínico, dividido em três etapas, com duração total de 145 dias, é realizado nos laboratórios da Pfizer de Connecticut, nos Estados Unidos, e em Bruxelas, na Bélgica.
A primeira fase envolve 60 voluntários com idades entre 18 e 60 anos e deve ser concluída em 25 de maio. As próximas fases envolverão um número maior de pessoas.
A empresa afirma que, caso as próximas etapas confirmem a eficácia do medicamento, ele poderá estar disponível nos hospitais e consultórios até outubro de 2021.
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