Pesquisa encontra mais de 1 milhão de notícias falsas sobre vacina

Um relatório do NetLab, Laboratório de pesquisas da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, identificou a ocorrências de informações falsas sobre vacinas nos últimos meses.

Nos 24 dias da análise, realizada entre 26 de fevereiro a 21 de março, foram encontrados mais de um milhão e meio de conteúdos de desinformação sobre as vacinas no Whatsapp, Telegram, Instagram, Facebook, Twitter, Tik Tok e Junk News.

O pico de publicações fake aconteceu no dia 27 de fevereiro. As informações eram relacionadas ao evento em que o Presidente Lula recebeu a vacina bivalente. As publicações descredibilizavam a campanha de vacinação.

Entre as principais narrativas de desinformação, os pesquisadores destacam supostos efeitos colaterais causados pela vacinação e a defesa da imunidade natural. A professora Marie Santini, que está a frente do estudo, detalha como funciona essa propagação.

Outros casos frequentes apurados foram os de falsos especialistas que colocam as vacinas como responsáveis diretas por mortes; perfis antivacina; mensagens negando a eficácia dos imunizantes com base em falsos estudos internacionais; teorias da conspiração sobre a vacina como plano de controle populacional. Circularam ainda vídeos de desinformação sobre o tema que raramente mencionavam palavras-chave no título, o que dificulta o rastreio.

A especialista Marie Santini explica ainda como obter informações de fontes confiáveis.

Portais, sites religiosos e blogs conspiracionistas são os que mais disseminaram conteúdo com desinformação no período da pesquisa. Entre os conteúdos veiculados estão a vinculação de danos cerebrais e cardíacos com a vacinação contra a covid-19.

 

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