O potiguar Fábio Faria (PP) deixou o Ministério das Comunicações ontem. Como já era esperado, o deputado federal retorna à Câmara dos Deputados para exercer os últimos dias do mandato, que se encerra em 31 de janeiro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União a pedido do próprio Fábio Faria, que agradeceu a Bolsonaro pela oportunidade.
“Hoje deixo o comando do ministério das Comunicações. Muita gratidão ao PR Jair Bolsonaro pelo convite e missão de conectar os brasileiros, fazer o leilão 5G e melhorarmos o ecossistema do setor de telecomunicações e radiodifusão. Um período de muito trabalho e união em torno de um projeto para fazermos o Brasil melhor, ao lado de uma equipe muito competente. Jair, minha total amizade, lealdade e admiração ao melhor Presidente do Brasil”, postou Fábio Faria.
O potiguar estava no comando do Ministério das Comunicações desde junho de 2020, após Bolsonaro decidir recriar a pasta, que até então era vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. No período em que esteve à frente do ministério, Fábio liderou a implantação da tecnologia 5G no Brasil.
Fábio chegou a cogitar lançar candidatura ao Senado Federal pelo Rio Grande do Norte nas eleições de 2022. Mas, em fevereiro, desistiu de seguir na disputa e anunciou que permaneceria no governo até o fim do mandato de Jair Bolsonaro. Na época, Fábio Faria disputava o apoio do presidente com o então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que acabou se candidatando a senador também pelo Estado potiguar e vencendo a eleição.
“Cumprimos a missão e preparamos o Brasil pro futuro. Fomos a 19 países e hoje o Brasil é referência na economia digital. Queremos um país 100% conectado e desenvolvido. Obrigado, presidente Jair Bolsonaro, pela confiança”, postou o agora ex-ministro.
Como legado, Fábio Faria elencou diversas ações (veja vídeo no QR Code), como o leilão do 5G, que foi o maior de rádiofrequência do mundo, além da ativação da tecnologia em todas as capitais, conexão para 50 milhões de pessoas, 20 mil escolas conectadas por fibra ótica ou via satélite, inclusive na Amazônia, e R$ 3,5 bilhões garantidos para investimentos dos estados na infraestrutura digital.