Ministério Público Federal do RJ pede afastamento do diretor-geral da PRF

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu o afastamento do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por 90 dias. Segundo o MP, atitudes do diretor como a associação da própria imagem  à imagem da PRF e do presidente Jair Bolsonaro (PL) “denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”.

Ainda, o MPF lembra a postagem de Silvinei nas redes sociais, na véspera do segundo turno do pleito, em que o diretor da PRF pediu voto para Bolsonaro. “Não é possível […] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE”, argumenta o MPF.

No último dia 10 de novembro, a pedido do Ministério Público Federal, a PF abriu inquérito para investigar o diretor-geral. O chefe da corporação entrou na mira da Procuradoria sob suspeita de prevaricação, violência política e omissão. A investigação é direcionada à conduta de Silvinei em meio à desmobilização de atos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Além disso, analisa a atuação do chefe da PRF diante das abordagens da corporação no 2º turno no pleito sob o pretexto de transporte irregular de eleitores.
O Tribunal Superior Eleitoral proibiu operações relacionadas ao transporte público de eleitores no dia do pleito, mas a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Os casos foram denunciados por eleitores nas redes sociais. A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República.
Agência Brasil

 

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